Conferências Nacionais de Educação: intelectuais, estado e discurso educacional (1927-1967)
Palavras-chave:
Associação Brasileira de Educação, Conferências Nacionais de Educação, Intelectuais, Reformas Educacionais, Discurso Educacional.Resumo
O presente artigo tem como tem como objeto o discurso educacional enunciado ao longo das treze Conferências Nacionais de Educação (CNEs), organizadas pela Associação Brasileira de Educação (ABE) e realizadas entre 1927 e 1967. Em termos metodológicos, assumimos os pressupostos do contextualismo linguístico, em especial a noção de linguagem complexa. Privilegiaremos a caracterização da ABE e dos seus eventos, as relações da ABE com o Estado, assim como formularemos uma hipótese sobre a estruturação do discurso educacional. O corpus documental da pesquisa é composto de documentos de natureza diversificada, tais como atas, correspondências, notícias veiculadas em jornais, conferências e moções apresentadas durante as CNEs. No estudo realizado, pudemos identificar a ABE e as CNEs como lugares privilegiados para projetar uma intelligentsia autorizada a falar sobre os problemas e, sobretudo, sobre as metas e as prioridades da educação nacional. O estudo das CNEs revelou, também, que os congressos educacionais cumpriram múltiplas funções, entre as quais destacamos: dar visibilidade às ações do Estado; legitimar os intelectuais envolvidos com a direção das reformas educacionais; conquistar o consentimento da sociedade em geral e da comunidade escolar em particular para a implementação das mudanças pretendidas; e, por fim, estruturar o discurso educacional, que pretendia a organização nacional a partir da reforma da cultura e da escola.
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