Oracle Night: uma leitura bakhtiniana da narrativa metaficcional de Paul Auster
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v75i0.10798Palavras-chave:
literatura norte-americana contemporânea, metaficção, sátira menipeiaResumo
Este trabalho pretende discutir Oracle Night (2003) de Paul
Auster, primeiramente como uma narrativa metaficcional,
interessada em seu status como ficção, narrativa e linguagem,
mas também baseada numa realidade histórica comprovável;
empregando formas e expectativas tradicionais e ao mesmo
tempo solapando-as; desafiando a fixação de limites entre
gêneros, enquanto se afirma como romance. Mesmo assim,
devido a essas mesmas características, Oracle Night
simultaneamente se insere no que Bakhtin chamou de gêneros
sério-cômicos, e, especificamente, no gênero da sátira menipeia.
As características desse gênero, que impregnam o texto de
Auster, irão assim projetar Oracle Night como um romance pósmoderno como consequência de ser uma sátira menipeia
contemporânea, pois, como enfatiza Bakhtin, o romance é o
único gênero em desenvolvimento que reflete a própria
realidade no processo de seu desdobramento, em total
afinidade com nosso mundo contemporâneo e assim
reinterpretando-se continuamente, em sua constante trajetória
como gênero na vanguarda da mudança.
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