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Modificação de Opinião dos Auditores por Risco de Continuidade Operacional no Brasil

Darlan Moura Ponte, José Alves Dantas, Danielle Montenegro Salamone Nunes

Resumo


O presente estudo teve por objetivo identificar o contexto em que os auditores independentes modificam a opinião de auditoria com base no risco de continuidade operacional, no que concerne à evolução temporal de casos, ao perfil das firmas de auditoria, aos segmentos econômicos das companhias auditadas e aos assuntos utilizados como justificativa para a tipificação do risco de continuidade operacional. Foram examinados 2.884 relatórios –de auditoria sobre as demonstrações financeiras anuais de 338 companhias não financeiras listadas na B3, no período de 2009 a 2017. Os exames revelaram 87 relatórios com opinião modificada associada ao risco de continuidade operacional e que: (i) há uma tendência de crescimento do número de relatórios com menção ao risco de continuidade operacional; (ii) entre as firmas de auditoria, a BDO auditoria é aquela com o maior número de emissões de relatórios de auditoria sobre continuidade operacional; (iii) fatores como a crise econômica parecem explicar a concentração dos eventos de modificação de opinião por risco de continuidade operacional em determinados setores da economia, com destaque para o setor de tecidos, vestuário e calçados; e (iv) dentre os assuntos que geraram a modificação de opinião sobre continuidade operacional pelo auditor ‘prejuízos e passivo a descoberto’ foi o que teve maior incidência, confirmando pesquisas anteriores sobre o tema e as próprias orientações da NBC TA 570. O estudo contribui para a expansão da literatura nacional sobre o risco de continuidade operacional, principalmente se for considerada a incipiência de trabalhos desenvolvidos a respeito do tema no Brasil e a discussão sobre o papel desempenhado pelos auditores a respeito.Auditoria; Relatório de Auditoria; Opinião Modificada; Continuidade Operacional.

Palavras-chave


Auditoria; Relatório de Auditoria; Opinião Modificada; Continuidade Operacional.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rcc.v12i1.71085