Metaficção e passagem à pós-modernidade em A seta do tempo, de Martin Amis

Autores

  • Christian Luiz Melim Schwartz Universidade Positivo

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v77i0.12389

Palavras-chave:

metaficção, pós-modernidade, Martin Amis.

Resumo

Este ensaio, sem perder de vista a dimensão metaliterária[1] do romance A seta do tempo, de Martin Amis, analisa principalmente as implicações da subversão do tempo cronológico numa narrativa tão estreitamente ligada a um fato histórico (a Segunda Guerra) e, por extensão, ao atribulado período sob sua influência (o século XX). Na primeira parte, aborda-se mais diretamente a questão metaficcional a partir do posfácio d’A seta do tempo, em que o autor faz esclarecimentos sobre a própria gênese do romance. Ali é possível, também, vislumbrar o dilema que percorre todo o livro e será objeto de análise aprofundada na segunda parte: “Quem é o narrador?” – o que traz à tona o tema aqui central da identidade, ou identidades. Isso, por sua vez, levará ao cerne do argumento, desenvolvido ainda na segunda parte e também na terceira e conclusiva seção deste trabalho: encarando-se as dimensões estética e cultural da obra em questão, é inevitável a referência ao conceito de pós-modernidade. No livro de Martin Amis, um conceito-limite – flagrado, como veremos, em pleno rito de iniciação.


[1] Este o tema – writers write about their art – da disciplina que originou este ensaio, Ficção Estrangeira II, ministrada na Universidade Federal do Paraná, no segundo semestre de 2004, pela Profª Drª Mail Marques de Azevedo, na ocasião minha futura orientadora de mestrado, a quem aqui presto tributo e agradecimento.

Biografia do Autor

Christian Luiz Melim Schwartz, Universidade Positivo

Graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (1997), cumpriu créditos do Master of Arts in Literary Studies na University of Central England - UCE (2002-2003), em Birmingham, Inglaterra, etapa de sua formação que concluiu na UFPR (2005-2007), obtendo o título de Mestre em Estudos Literários. Atuou como jornalista profissional em grandes veículos da imprensa, como a revista Veja e a rádio CBN, tornando-se professor a partir de 2002. Atualmente, ensina na Universidade Positivo (graduação e extensão), na área de Letras, com ênfase em Produção de Texto e Literaturas Brasileira e Estrangeira Modernas.

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Como Citar

Schwartz, C. L. M. (2009). Metaficção e passagem à pós-modernidade em A seta do tempo, de Martin Amis. Revista Letras, 77. https://doi.org/10.5380/rel.v77i0.12389

Edição

Seção

Dossiê Alteridade em Construção