Emoções e Sentimentos na Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rcc.v14i1.81116

Palavras-chave:

Afetividade, Representações Sociais, Trabalho de Conclusão de Curso.

Resumo

O objetivo da pesquisa consistiu em levantar a percepção que os alunos apresentam em relação aos sentimentos e às emoções vivenciadas no processo de orientação de trabalhos de conclusão de curso na graduação em Ciências Contábeis. O processo de ensino-aprendizagem é permeado de sentimentos e emoções positivos e negativos que criam barreiras no desenvolvimento do indivíduo, no momento de elaboração dos trabalhos de conclusão de curso. Utilizando técnicas de Representação Social e a Teoria do Desenvolvimento de Wallon (1968) o estudo capta adjetivos e os submete ao teste de evocação de palavras para mapear sentimentos e emoções por parte dos discentes. Os resultados mostram predominância de afetos negativos desenvolvimento da relação orientador-orientando. O estudo verificou que meios externos como família, amigos, profissão; fatores financeiros; atitudes procrastinadoras; excesso de confiança e competência do orientador também exerce influência em sentimentos e emoções no período de elaboração do trabalho de conclusão de curso. O estudo tem potencial para contribuir nas reflexões sobre aspectos intersubjetivos do processo ensino-aprendizagem; melhorar da qualidade das produções acadêmicas; redução de taxas de evasão; atenuar problemas nas relações conflituosas entre aluno-professor; e discutir, inevitavelmente, aspectos psicológicos que permeiam o percurso de elaboração de trabalhos de conclusão de cursos da graduação e pós-graduação.

Biografia do Autor

Cesiro Aparecido da Cunha Junior, Universidade Federal do Paraná

Mestre em Contabilidade pelo Programa de Pós-graduação em Contabilidade da UFPR

Professor do Curso de Ciências Contábeis da Uniandrade

Edson Luiz Ihlenffeldt, Universidade Federal do Paraná

Mestre em Contabilidade pelo Programa de Pós-graduação em Contabilidade da UFPR

Pavel Elias Zepeda Toro, Universidade Federal do Paraná

                                       Doutorando em Contabilidade                                                                    Universidade Federal do Paraná -UFPR 

Romualdo Douglas Colauto, Universidade Federal do Paraná

Pós-Doutor em Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP)

Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

 Professor do Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da

 Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Referências

Alves, V. M., Espindola, I. C. P., & Bianchetti, L. (2012). A relação orientador-orientando na Pós-graduação stricto sensu no Brasil: a autonomia dos discentes em discussão. Revista Educação em Questão, 43(29).

Fialho, M. L., & de Bem Machado, A. (2013). Análise do papel do professor orientador no processo de orientação à distância: Um estudo de caso comparativo entre instituição pública e privada. International Journal of Knowledge Engineering and Management (IJKEM), 2(3), 39-65.

Galvão, I. (1995) Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes.

González, G. (2014). La tutoría académica e inteligencia emocional. Un desafío para el docente universitario del siglo XXI. Dialógica: revista multidisciplinaria, 11(1), 133-157.

Jaeger, A. J., Sandmann, L. R., & Kim, J. (2011). Advising Graduate Students Doing Community-Engaged Dissertation Research: The Advisor-Advisee Relationship. Journal of Higher Education Outreach and Engagement, 15(4), 5-25.

Leite Filho, G. A., & Martins, G. D. A. (2006). Relação orientador-orientando e suas influências na elaboração de teses e dissertações. Revista de Administração de Empresas, 46(SPE), 99-109.

Mahoney, A. A., & de Almeida, L. R. (2005). Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. Psicologia da Educação. Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação. ISSN 2175-3520, (20).

Medrado, G. C. D. R. (2012). Tornar-se professor de administração: um estudo sobre o papel da afetividade na trajetória profissional.

Meurer, A. M., Sousa, R. C. D. S., Costa, F., & Colauto, R. D. (2021). Sentimentos percebidos pelos orientandos nas fases de orientação das dissertações em contabilidade. Revista Contabilidade & Finanças, 32, 158-173.

Moura, L. B. D. (2014). Formação continuada para professores e aspirantes à docência no curso superior de administração: em foco a afetividade.

Ribeiro, M. L., Jutras, F., & Louis, R. (2005). Análise das representações sociais de afetividade na relação educativa. Psicologia da Educação. Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação. ISSN 2175-3520, (20).

Sá, C. P. D. (1996). Representações sociais: teoria e pesquisa do núcleo central. Temas em Psicologia, 4(3), 19-33.

Tassoni, E. C. M. (2008). A dinâmica interativa na sala de aula: as manifestações afetivas no processo de escolarização.

Teles, A. M. B. D. S. (2010). Incursões no vivido por alunos-professores em cursos de pós-graduação lato sensu: em foco, a dimensão afetiva.

Velis C. A. (2009). Tutores y tesistas exitosos. Caracas: Grupo Impregráfica.

Vendruscolo, M. I., & Bercht, M. (2015). Prática Pedagógica de Docentes de Ciências Contábeis da Região Sul e Sudeste do Brasil: um estudo da percepção da afetividade. ConTexto, 15(29).

Vergès, P. (1992). L'evocation de l'argent: Une méthode pour la définition du noyau central d'une représentation. Bulletin de psychologie.

Voltarelli, J. C. (2002). Estresse e produtividade acadêmica. Medicina (Ribeirao Preto. Online), 35(4), 451-454.

Wachelke, J., & Wolter, R. (2011). Critérios de construção e relato da análise prototípica para representações sociais. Psicologia: Teoria e pesquisa, 27(4), 521-526.

Wallon, H. (1968). A evolução psicológica da criança. Lisboa: Persona.

Downloads

Publicado

2022-04-11

Como Citar

da Cunha Junior, C. A., Ihlenffeldt, E. L., Zepeda Toro, P. E., & Colauto, R. D. (2022). Emoções e Sentimentos na Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso. RC&C. Revista De Contabilidade E Controladoria, 14(1). https://doi.org/10.5380/rcc.v14i1.81116