Análise de impactos da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo sobre os serviços ecossistêmicos e os stakeholders
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v58i0.75786Palavras-chave:
serviços ecossistêmicos, reserva biológica marinha do arvoredo, análise de impacto, stakeholders, gestão ambiental estratégicaResumo
O trabalho propõe uma análise de impactos de áreas marinhas protegidas que integre a análise de stakeholders e a avaliação de impactos sobre os serviços ecossistêmicos, a fim de ampliar o aprendizado social na adoção de estratégias de gestão e engajamento, utilizando a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (ReBio) como estudo de caso. Esta protege um arquipélago localizado no litoral de Santa Catarina, entre Florianópolis e Bombinhas, contribuindo para manutenção da biodiversidade e produção pesqueira da região. A integração metodológica teve três etapas: Mapeamento e Análise dos Stakeholders, Identificação dos Serviços Ecossistêmicos, e Análise dos impactos da ReBio Arvoredo sobre os serviços ecossistêmicos. Foram encontradas 21 categorias de partes interessadas, distribuídas em todos os 8 grupamentos possíveis e possuindo características distintas de engajamento: poder, legitimidade e rede de relacionamento. Um total de 21 serviços ecossistêmicos marinhos foram identificados, sendo dois de provisão, oito de regulação e onze culturais. A análise dos impactos sobre os serviços ecossistêmicos e os stakeholders possibilitou verificar cinco impactos negativos e dezesseis impactos positivos decorrentes da implementação e manutenção da ReBio, todos os impactos se distribuem de maneira diferenciada e com intensidades variadas. A metodologia conseguiu enaltecer a interdependência das implicações sociais da gestão por meio do entendimento dos impactos sobre os serviços ecossistêmicos e os efeitos sobre os stakeholders categorizados, destacando os principais pontos a serem trabalhados no relacionamento da ReBio com seu entorno. Esta abordagem pode ser replicada em outras áreas protegidas e o conhecimento produzido pode ser usado para mudar crenças e entendimentos sobre o papel dos ecossistemas no bem-estar humano e, estrategicamente, ajudar os órgãos ambientais na articulação e comunicação de seus interesses em mitigar a distribuição de impactos negativos e a ampliação da repartição dos benefícios gerados pelas unidades de conservação brasileiras.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.

