Avaliando o papel da aprendizagem socioecológica em governança participativa: construindo resiliência em seis comitês de bacias hidrográficas brasileiras

Autores

  • Anne Browning-Aiken Udall Center for Studies in Public Policy.
  • Márcio Claudio Cardoso da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC)
  • José Antonio Silvestre Fernandes Neto Analista de Gestão em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Daniel da Silva Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v30i0.33988

Palavras-chave:

aprendizagem social, sistema socioecológico, governança participativa

Resumo

O Brasil tem incorporado o processo de aprendizagem socioecológica na gestão participativa dos conselhos de bacias hidrográficas por meio de suas “leis-irmãs” sobre a água e o meio ambiente. GTHIDRO, ou Grupo Transdisciplinar de Pesquisas em Governança da Água e do Território/Tecnologias Sociais para a Gestão da Água (TSGA), um grupo transdisciplinar de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, abordou essas leis e desenvolveu novas interpretações de aprendizagem socioecológica. Eles incorporaram um componente ético e um programa dinâmico e complexo dos “ciclos de aprendizagem” participativos que trouxeram as comissões e as comunidades a um entendimento comum sobre os processos socioecológicos, as leis e o potencial para a ação coletiva. Usando a teoria da resiliência como uma estrutura para a compreensão de como manter e melhorar a capacidade de adaptação (Folke et al., 2002), este artigo analisa os processos de aprendizagem socioecológica, incluindo grupos focais, a dinâmica física que mistura o conceitual com o físico, a visão de futuro, o mapeamento socioecológico, o planejamento de projetos e celebrações comunitárias por meio de entrevistas, notas de reuniões e documentos escritos dos seis estudos de caso. O potencial de aprendizagem socioecológica como ferramenta para a construção da capacidade dos comitês de bacias (Turvo, Ermo, Nova Veneza, Orleans e Braço do Norte, na parte sul do Estado, Urubici, na região montanhosa, e Concórdia, no centro-leste) para planejar e implementar projetos está fundamentado como uma ferramenta importante para a construção da resiliência dos sistemas combinados. Os estudos de caso indicam que a sua maior conquista é o Modelo de Planejamento Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável, intitulado PEDS, que esquematiza a forma de melhorar a capacidade do núcleo do grupo de gestão para planejar e implementar projetos de sua própria concepção, o uso de estratégias que se aprenderam e as redes que se estabeleceram em sua bacia hidrográfica e em seu Estado. Enquanto o potencial de conflito sobre a água e energia entre os diversos setores econômicos é forte no Brasil e em outros lugares, com o modelo GTHIDRO o potencial para a colaboração em questões de recursos torna-se ainda mais forte.

 

Observação dos Editores: O artigo foi publicado online em 16 de julho de 2014. Em 30 de julho de 2014, o arquivo foi substituído para inclusão de nomes de coautores.

Biografia do Autor

Anne Browning-Aiken, Udall Center for Studies in Public Policy.

Anne Browning-Aiken’s goal as an anthropologist is to identify  social, cultural, and economic issues that water stakeholders consider essential to community self-governance of natural resources and to build the governance capacities of those communities through a social and scientific learning process. Dr. Browning-Aiken has worked on several research teams at the Udall Center for Studies in Public Policy and the Climate Assessment for the Southwest at the University of Arizona on community water vulnerability to drought and increasing water demand and has taught cultural and physical anthropology at the University of Arizona, the Federal University of Santa Catarina (UFSC) through a Fulbright grant in Brazil, and Pima Community College.

She has done fieldwork in, Mexico, Brazil, Ecuador and the American Southwest on projects related to infrastructure development, food and water security, and the role of gender in development. She has also worked as a consultant for two UNESCO programs: Hydrology for the Environment, Life and Policy (HELP) and the International Hydrological Program (IHP), and recently published Neoliberalism and Commodity Production in Mexico.

Downloads

Publicado

2014-07-21

Como Citar

Browning-Aiken, A., da Silva, M. C. C., Fernandes Neto, J. A. S., & da Silva, D. (2014). Avaliando o papel da aprendizagem socioecológica em governança participativa: construindo resiliência em seis comitês de bacias hidrográficas brasileiras. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 30. https://doi.org/10.5380/dma.v30i0.33988

Edição

Seção

Nexo Água e Energia