No mutirão da vida: pensando como um historiador ambiental
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v31i0.33286Palavras-chave:
história ambiental, teoria ambiental, criatividade históricaResumo
O ensaio defende a relevância da história ambiental como crítica dos esquemas de pensamento e atitude atualmente dominantes em relação ao mundo extra-humano. Argumenta-se que a civilização ocidental, sob a influência religiosa e filosófica do judaísmo-cristianismo, construiu sua identidade cultural em torno da ideia de criação, sobretudo a partir do Renascimento europeu. Transposto do domínio divino para o sublunar, esse “criacionismo” retrata o mundo como produto unilateral da ação humana – pois é a única criatura, no reino animal, orientada por uma razão autoconsciente. Os historiadores ambientais, por outro lado, partem de uma concepção descentralizada de agência para defender o princípio de que os humanos mais participam do que de fato criam; a criatividade reside nos encontros e relações que estabelecem, e não nos humanos em si mesmos. Em outras palavras, historiadores ambientais partem de um continuum humanidade-natureza e se perguntam pelas condições, fatores e processos responsáveis pela emergência de sistemas de pensamento calcados na “alterização” dos não humanos. Para ilustrar esse ponto, examina-se brevemente o processo histórico de substituição das populações ameríndias, nativas da Mata Atlântica, por populações mestiças neobrasileiras, a partir de 1500.
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