Agriculture biologique et verrouillage des systèmes de connaissances Conventionalisation des filières agroalimentaire bio
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v25i0.25726Palavras-chave:
systèmes de connaissances, lock-in, agriculture biologique, transition, référentiel.Resumo
La question de la co-existence entre deux systèmes bio, l’un porté par les acteurs historiques, l’autre par les nouveaux acteurs agroindustriels, selon un modèle de bifurcation, est traitée à travers l’hypothèse de conventionalisation. Nous utilisons le cas du système Blanc Bleu Belge et de l’élevage bovin bio belge pour montrer que le problème de la co-existence de ces deux systèmes est à la fois une question empirique et une question théorique. Notre argument est que le concept de « référentiel » (au sens de Jobert et Muller, 1987) est non seulement supérieur d’un point de vue théorique mais qu’il ouvre d’intéressantes perspectives pratiques et ceci pour deux raisons. D’abord parce qu’il permet de comprendre la question et l’enjeu de la co-existence de deux systèmes de connaissances différents, l’un alternatif et l’autre conventionnel. Ensuite parce qu’il permet de comprendre les effets d’irréversibilité qui rendent les systèmes conventionnel et biologique incompatibles l’un avec l’autre.
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