Transformando o paradigma energético
direitos da natureza e transições ecosociais
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v66i.98562Palavras-chave:
policrise, transições ecosociais, transições energéticas, direitos da natureza, democratização da energiaResumo
O século XXI enfrenta uma policrise sem precedentes, resultante de um sistema civilizatório baseado no crescimento econômico e na exploração da natureza. Esse acúmulo de diversas crises simultâneas se manifesta nas mudanças climáticas, na devastação ambiental e nas crescentes desigualdades sociais e econômicas, exacerbadas pela recente pandemia de COVID-19, que revelou a fragilidade dos sistemas de saúde e da economia. Diante da incapacidade dos governos em coordenar respostas globais, torna-se evidente a necessidade de novas perspectivas que questionem o modelo civilizatório dominante. A descarbonização, entendida como a transição para energias renováveis, mostra-se insuficiente em sua implementação atual, pois reproduz a lógica extrativista e aprofunda as desigualdades ao se concentrar no Sul Global. Em vez de uma mudança estrutural, mantém-se o poder econômico, perpetuando um colonialismo verde que subordina os países periféricos. A transição energética justa e a justiça ecológica são propostas que demandam uma redistribuição equitativa de benefícios e custos, dando voz às comunidades locais e respeitando os Direitos da Natureza. A democratização da energia e o decrescimento emergem como alternativas para superar o fetiche do crescimento econômico, propondo uma economia que priorize a sustentabilidade, a equidade e a regeneração ambiental. Essa visão questiona a acumulação de riqueza às custas da natureza e sugere uma relação harmoniosa com o planeta, onde o bem-estar humano esteja intrinsecamente ligado ao equilíbrio ecológico e aos Direitos da Natureza.
Referências
Acosta, A. El fantasma del desarrollo. Desarrollo, postcrecimiento y Buen Vivir: debates e interrogantes. Quito: Editorial Abya Yala, 2014. Disponible en: https://www.rosalux.org.ec/desarrollo-postcrecimiento-y-buen-vivir/. Acceso: ene. 2025.
Acosta, A.; Brand, U. Salidas del laberinto capitalista: decrecimiento y postextractivismo. Quito: Fundación Rosa Luxemburg, Oficina Región Andina, 2018. Disponible en: https://www.rosalux.org.ec/pdfs/Libro-Salidas-del-Laberinto.pdf. Acceso: ene. 2025.
Acosta, A.; Cajas Guijarro, J. Reflexiones sobre el sinrumbo de la economía: de las “ciencias económicas” a la posteconomía. Ecuador Debate, 103, 2018. Disponible en: https://caapecuador.org/2018/04/28/ecuador-debate-n-103/. Acceso: ene. 2025.
Acosta, A. Naturaleza, economía y subversión epistémica para la transición: buscando fundamentos biocéntricos para una post economía. En: Günter, G.; Meireles, M. (Orgs.). Voces Latinoamericanas: mercantilización de la naturaleza y resistencia social. México: UAM Xochimilco, 2021. Disponible en: https://publicaciones.xoc.uam.mx/TablaContenidoLibro.php?id_libro=1067. Acceso: ene. 2025.
Álvarez Cantalapiedra, S. Extractivismos, modo de vida imperial y violencia. Papeles de Relaciones Ecosociales y Cambio Global, 143, 5 11, 2018.
Ávila, S. Seis ejes ecológico políticos en torno a la transición energética. Ecología Política, 65, 2023. https://doi.org/doi.org/10.53368/EP65TE.
Bertinat, P. Transición energética justa: pensando la democratización energética. Montevideo: Friedrich Ebert Stiftung Uruguay, 2016. Disponible en: https://viejo.unter.org.ar/imagenes/Transicion_energetica_justa.pdf. Acceso: ene. 2025.
Brand, U. Crisis del modo de vida imperial y transiciones ecosociales. Madrid: Catarata, 2023.
Brand, U.; Wissen, M. Modo imperial de vida – Vida cotidiana y crisis ecológica del capitalismo. Buenos Aires: Tinta Limón, 2021. Disponible en: https://encurtador.com.br/HGA3n. Acceso: ene. 2025.
Brannstrom, C. ¿Descarbonización con justicia? Conceptos y enfoques. En: Descarbonización en América del Sur: conexiones entre Brasil y Argentina, p. 236 253, 2022.
Bringel, B.; Lang, M.; Manahan, M. A. Colonialismo verde: raíces históricas, manifestaciones actuales y su superación. Papeles de Relaciones Ecosociales y Cambio Global, 163, 13 24, 2023.
Bringel, B.; Svampa, M. Del «Consenso de los Commodities» al «Consenso de la Descarbonización». Nueva Sociedad, 306, 51 70, 2023.
Del Guayo Castiella, Í. Concepto, contenidos y principios del derecho de la energía. Revista de Administración Pública, 212, 309 345, 2020. https://doi.org/10.18042/cepc/rap.212.12.
Dietz, K. ¿Transición energética en Europa, extractivismo verde en América Latina? Nueva Sociedad, 306, 108 120, 2023.
Fukurai, H.; Krooth, R. Earth jurisprudence, the rights of nature, and international rights of nature tribunals. En: Original Nation Approaches to Inter National Law: the quest for the rights of Indigenous Peoples and Nature in the age of Anthropocene, p. 213 246, 2021. http://dx.doi.org/10.18235/0002629.
Hoffmann, B. Cambio climático y desastres naturales: exposición desigual, impactos y capacidad para hacerles frente. En: La crisis de la desigualdad, 248, 2020. http://dx.doi.org/10.18235/0002629.
Jenkins, K.; McCauley, D.; Heffron, R.; Stephan, H.; Rehner, R. Energy justice: a conceptual review. Energy Research & Social Science, 11, 174 182, 2016. https://doi.org/10.1016/j.erss.2015.10.004.
Kauffman, C. M.; Martin, P. L. The politics of rights of nature: strategies for building a more sustainable future. Cambridge: MIT Press, 2021. https://doi.org/10.7551/mitpress/13855.001.0001.
Kothari, A.; Salleh, A.; Escobar, A.; Demaria, F.; Acosta, A. Pluriverso: un diccionario del posdesarrollo. Barcelona: Icaria, 2019. Disponible en: https://encurtador.com.br/VrG1f. Acceso: ene. 2025.
Lang, M.; Acosta, A.; Martínez, E. Enfrentando las deudas eternas desde el Sur. En: Más allá del colonialismo verde: justicia global y geopolítica de las transiciones ecosociales. CLACSO, 2023. Disponible en: https://encurtador.com.br/tSwZ4. Acceso: ene. 2025.
Leff, E. Ecología política: de la deconstrucción del capital a la territorialización de la vida. Ciudad de México: Siglo XXI Editores, 2019.
Leff, E. Ecología política, derechos existenciales y diálogo de saberes: horizontes de otros mundos posibles. En: Posdesarrollo: contexto, contradicciones, futuros. Loja: UTPL; Quito: Editorial Abya Yala, 2021.
Martínez, E.; Acosta, A. Los Derechos de la Naturaleza como puerta de entrada a otro mundo posible. Revista Direito e Práxis, 8, 2927 2961, 2017. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2017/31220.
Rzedzian, S. Divergent environmentalisms, conflicting counter hegemonies: lessons from the rights of nature movement. Environment and Planning E: Nature and Space, 2023. https://doi.org/10.1177/25148486221148646.
Sovacool, B. K.; Dworkin, M. H. Energy justice: conceptual insights and practical applications. Applied Energy, 142, 435 444, 2015. https://doi.org/10.1016/j.apenergy.2015.01.002.
Svampa, M. Dilemas de la transición ecosocial desde América Latina. Documentos de Trabajo (Fundación Carolina), Segunda época, 12, 1-?, 2022.
Svampa, M. Transición energética corporativa: el triángulo sudamericano del litio como caso testigo. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Carlos Hernán Quizhpe-Parra, Alberto Acosta

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.

