Crise agroambiental, globalização e capacidade de inovação dos pequenos agricultores familiares no Sahel: um exemplo africano pertinente para o Brasil?
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v14i0.9687Palavras-chave:
crise agro-environnementale en Afrique, capacité de réaction et d’innovation des petits agriculteurs familiaux, les interactions entre le global et le local, crise agroambiental na África, capacidade de reação e de inovação dos pequenos agricultoresResumo
A crise agrícola e alimentar grave que, no curso dos últimos anos, tem atingido o Niger e os países
vizinhos da região saariana da África remete uma vez mais aos holofotes da atualidade uma região da
África, o Sahel, que conhece dificuldades crônicas há muitas décadas (déficits climáticos, desertificação,
queda na produção alimentar). Essa crise ecológica maior que, já há quase quarenta anos, atinge de
maneira recorrente esta parte do continente africano é inseparável do movimento que se designou pelo
nome genérico de “mundialização” ou “globalização” e que afeta com uma violência especial as pequenas
comunidades camponesas colocadas na periferia desse sistema. Sob formas diferentes, é a mesma
dinâmica que se verifica na África, Ásia e América Latian. Esse artigo não aborda essa questão de uma
forma mais geral, mas traz o testemunho de um exemplo particular de modo a estimular a reflexão sobre
outras realidades locais, em particular entre as que se pode encontrar no Brasil. Mostra especialmente
que pequenos agricultores familiares que se encontram entre os mais pobres e marginalizados do mundo,
expostos a condições naturais particularmente severas, provam sua capacidade de reagir, com um sucesso
limitado mas real, às exigências e limitações que se desenvolvem numa escala temporal e espacial que
vai muito além do seu contexto cotidiano de vida. Isso coloca uma questão teórica maior: a de saber se
existem respostas globais aos mecanismos globais de dominação ou se uma estratégia pertinente deve
incluir também respostas locais, apoiando-se sobre a capacidade de inovação e iniciativa dos próprios pequenos agricultores.
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