Crise climática na cidade do Rio de Janeiro: agentes e territórios de informação no Twitter
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.86679Palavras-chave:
crise climática, Rio de Janeiro, Twitter, informação, justiça climáticaResumo
A pesquisa parte da tentativa de retratar a cidade do Rio de Janeiro – Brasil – em uma temporalidade específica, quando ocorre um evento climático extremo. Essa tentativa acontece no universo virtual do Twitter, para então buscar compreender as dinâmicas que caracterizam a participação social no processo de elaboração de informações sobre a crise climática, ou seja, identificar os agentes e os territórios de informações. Os dados analisados têm como origem as publicações no Twitter, referentes às fortes chuvas de abril de 2019 na cidade do Rio de Janeiro. Tais dados foram obtidos a partir da utilização da API do Twitter, no ambiente de programação R. Para coletar, tratar, organizar e sistematizar os dados, empregamos o enfoque metodológico da análise temática em duas etapas, as quais nos permitiram analisar 375 mil tweets. As análises desses dados foram complementadas por informações provenientes do IBGE e DATA.RIO. Os principais resultados sinalizam os condicionantes da exclusão digital das populações mais afetadas pela crise climática, principalmente: o grau de instrução escolar e a situação econômica das populações que habitam nos territórios mais afetados pelos impactos do evento climático observado, como elementos determinantes. Ademais, os resultados sinalizam a importância de combater o negacionismo climático – principalmente nas esferas públicas – e, portanto, pautar a criação de agendas de trabalho voltadas ao fortalecimento da participação social enquanto mecanismo de ampliação da governança climática e de redução das injustiças ambientais.
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