Indicador qualitativo de tensões no uso das águas em identidades territoriais de vida rural e urbana: evidências empíricas na Região Metropolitana de Salvador, Bahia (Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v58i0.69907Palavras-chave:
tensões, usos da natureza, rural-urbano, desenvolvimento, identidades territoriais, civilidade metropolitanaResumo
Este artigo almejou compreender a distribuição das evidências empíricas que tencionam os modos de vida rural e urbano na relação com o uso das águas e identidades territoriais na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Bahia, Brasil. Foi desenvolvida uma metodologia para a identificação de tensões territoriais, observadas de 2005 a 2015, no tocante à disputa pelo uso das águas na RMS, denominada de Indicadores Qualitativos de Tensão no Uso das Águas (IQTA). A utilização da IQTA permitiu a identificação de evidências e categorização de tensões no uso da água na RMS, ou seja, categorias metodológicas interpretativas e analíticas de eventos empíricos, de modo a lhes atribuir conteúdo de fenômeno e, a partir daí, tipificá-los. Obteve-se uma predominância da tensão pela apropriação da água (T-1), em especial nas áreas de maior demanda por água para usos urbano-industriais. A tensão dos usos da água em atividades culturais (T-3), a menos frequente, confirmou a permanência contra-hegemônica da ruralidade no espaço metropolitano e revelou um nítido potencial para o desenvolvimento humano e conservação da natureza, porque tais usos demandam por boas condições ambientais dos mananciais. A aplicação do IQTA deslindou uma dimensão da realidade social, que emergiu das noções de rural e ruralidade metropolitana em sua relação com o uso das águas, ignorada nas políticas públicas da RMS, cuja questão ambiental poderia ser ressignificada no espaço da metrópole como rural-urbana.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.