Territorialidades da convivencialidade e do sentirpensar com as florestas comunitárias tradicionais na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v50i0.65389Palavras-chave:
florestas comunitárias, territorialidades tradicionais, ecologia de práticas e saberes, políticas de naturezaResumo
O presente texto busca evidenciar reflexões teóricas de quatro grupos de pesquisa com as Florestas Comunitárias (as agroflorestas patrimoniais) de territórios rurais tradicionais latino-americanos. Essas Florestas aparecem como elemento central na discussão de políticas de natureza engendradas nos espaços rurais atravessados por múltiplas dinâmicas socioeconômicas. Socialmente apropriada, a floresta figura como símbolo da reprodução sociocultural do modo de vida tradicional, conectando dimensões materiais e simbólicas que impulsionam os projetos utópicos dessas coletividades frente às formas hegemônicas da racionalização do mundo da vida. No contexto das modernidades múltiplas, a identidade sociopolítica das comunidades tradicionais acessa uma rede semântica que conecta o imaginário de Floresta aos conceitos ontológicos de Conviver, Habitat e Cuidar, conferindo, em seu conjunto, uma territorialidade da convivencialidade que se tensiona no/com espaço e tempo. Essa territorialidade confere resistências ao projeto modernizador-mercantilizador dos espaços rurais, conferindo novos sentidos e valores ao cotidiano rural. Com base em uma ecologia de práticas e de saberes, buscaremos evidenciar tais conceitos ontológicos a partir de interpretações acadêmicas sobre as imagens, as práticas e os regimes de natureza engendrados nesse processo e que configuram essas territorialidades agroflorestais: a primeira em uma comunidade Faxinalense e também Quilombola da região fitogeográfica da Floresta com Araucárias do Paraná, Brasil; outra territorialidade vivenciada e interpretada é a Mapuche Williche da região da Floresta Temperada Valdiviana, no Chile; a territorialidade Paiter Suruí da região da Floresta Amazônia brasileira, e das Quebradeiras de Côco, da região da Mata dos Cocais maranhenses são também apresentadas. Todas essas vivências permitiram interpretar o pluriverso de ontologias, a partir das quais se configuram as formas de sentirpensar a sociobiodiversidade dessas territorialidades da convivencialidade agroflorestal.
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