As Reservas Extrativistas da Terra do Meio: uma experiência de desenvolvimento alternativo para a Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v48i0.59017Palavras-chave:
Reservas Extrativistas, povos tradicionais, ribeirinhos, direitosResumo
As reservas extrativistas, um dos legados do movimento organizado dos seringueiros do qual Chico Mendes foi um dos grandes protagonistas, foram idealizadas como proposta de desenvolvimento para Amazônia e para os povos da floresta, alternativa ao modelo estatal hegemônico, de características ambientalmente predatórias e socialmente excludentes. Desde o assassinato de Chico Mendes em 1988 foram criadas 88 reservas extrativistas (sendo 62 federais e 26 estaduais). Três dessas reservas extrativistas federais foram criadas nos anos 2000 na Bacia do Xingu, na região conhecida como Terra do Meio. O presente artigo relata a experiência de organização e gestão dessas reservas, defendendo que o modelo das reservas extrativistas pode realizar os objetivos presentes na idealização de sua proposta pelo movimento de Chico Mendes e demais seringueiros mediante a observação de certas condições, incluídas aí o estabelecimento de parcerias e alianças nos diversos setores da sociedade. Escrevemos da perspectiva de membros do Instituto Socioambiental, organização não governamental parceira e assessora das associações dos moradores das Resex da Terra do Meio, há mais de 25 anos instituição importante em questões socioambientais da Bacia do Xingu. Desse ponto de vista, descreveremos as estratégias que têm sido adotadas pelas famílias e seus parceiros em busca de um desenvolvimento ambientalmente viável e socialmente digno e justo.
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