Da morte, da vida e dos tempos de morte e de vida da tradução
DOI :
https://doi.org/10.5380/rel.v95i0.49142Mots-clés :
tradução e tempo, tradução e vida, tradução e morteRésumé
Se partimos do princípio de que um pensamento contemporâneo sobre a tradução não pode prescindir de uma integração consequente das noções complexas de subjetividade e de linguagem que se nos impõem na contemporaneidade, a partir das quais reconhecemos o tradutor em sua condição de sujeito, a tradução como atividade transformadora e de ordem crítica e seu produto, o texto traduzido, como um objeto singular, não podemos ignorar a ideia de que, para além de representar uma forma de vida ou de morte para a obra original, o texto traduzido constitui, ele mesmo, uma forma singular de vida e de morte. Diante disso, é preciso levar em consideração que, para além do que representa temporalmente para outros textos (como a obra original), o texto traduzido também instaura uma forma de temporalidade que é a sua: um tempo da tradução. E é preciso pensar, igualmente, nas consequências desse dimensionamento temporal da tradução para nossa relação de leitores e críticos com o texto traduzido. No âmbito deste trabalho, caberá discutir e problematizar, preliminarmente, alguns aspectos da questão do tempo da tradução, entendida, aqui, a partir da forma singular de vida e de morte que a tradução constitui.
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