Infância, escola e território:
contribuições para a reflexão sobre o currículo como prática social
DOI:
https://doi.org/10.1590/1984-0411.88522Palabras clave:
Educar, Tópicos Específicos de Educação, CurrículoResumen
O artigo tem como objetivo contribuir para a reflexão sobre a relação entre escola, prática curricular e movimentos sociais, em diálogo com abordagens que trazem os sujeitos e o território no qual a escola se situa para o centro da análise. Procuramos compreender o impacto numa escola pública da presença de crianças das 1.500 famílias da ocupação Rosa Leão, localizada no município de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os dados foram produzidos no contexto de uma pesquisa de doutorado (X), que envolveu a observação participante de um grupo de 15 crianças moradoras da ocupação e a realização de entrevistas semi-estruturadas com famílias e coordenadoras da ocupação e representantes dos equipamentos públicos do território. Primeiramente, discutimos a educação como um direito que garante a permanência de famílias no território e analisamos como a chegada das crianças da ocupação transformou a dinâmica de uma instituição escolar atravessada por uma história de mobilização social e de implementação de políticas de Educação Integral. Em seguida, argumentamos que a circulação das crianças por outros equipamentos públicos no território colaborou na articulação de uma rede de proteção, na qual a escola se destaca. Por fim, levantamos possíveis contribuições para pensar o currículo como prática social, alinhados com perspectivas que reconhecem nos sujeitos sua centralidade.
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