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Documentos
Publicação de documentos relevantes para a realidade histórica e contemporânea no campo da Educação.Dossie Temático “Tecer, fazer e saber a pesquisa narrativa”
Prazo para submissão de Artigos encerrado em 10/10/2025
O dossiê temático “Tecer, fazer e saber a pesquisa narrativa”, parte do entendimento de que a Pesquisa Narrativa é uma epistemologia que foi historicamente negada, inferiorizada ou invisibilizada no interior do projeto moderno-colonial ocidental. Nesse sentido, pesquisar com sujeitos historicamente silenciados não se trata apenas de um gesto de adição de suas vozes, mas sim uma revisão dos próprios critérios que definem o que é considerado conhecimento legítimo. Portanto, investigar narrativamente as escolas é um modo de compreender o que se passa nos cotidianos pesquisados que permite perceber o quanto a formação é um processo singularsocial contínuo e o modo como os currículos praticadospensados são tecidos. Com isso, espera-se superar explicações abstratas, entendidas como imprecisas, sobre o que se pesquisa, substituindo-as por modos de compreensão complexos sobre e com as redes de práticas, conhecimentos e valores que operam em diferentes loci de pesquisa. Portanto, por meio desta chamada, esperamos que sejam submetidas produções que defendam que a pesquisa narrativa se desenha como epistemologia capaz de colocar em cena outras possibilidades de produzir conhecimentos fortalecendo a ideia de que as pesquisas se dão com e não sobre os sujeitos em suas singularidades e potencialidades.
Assim, convidamos todos/as/es a submeterem propostas que: 1) concebam a pesquisa narrativa como epistemologia; 2) apontem a riqueza das pesquisas que possam revelar outros modos de produzir conhecimentos necessários às teorizações acadêmicas sobre o campo da pesquisa narrativa; 3) tragam discussões metodológicas sobre as diferentes formas de pesquisar narrativamente; 4) usem a epistemologia narrativa para pesquisar os currículos; 5) usem a epistemologia narrativa para pesquisar sobre e com a formação docente, 6) pensem o tempo da e na pesquisa narrativa para além da lógica do tempo linear ocidental moderno.
Período de submissão de artigos junto a este DOSSIÊ: 10/07/2025 a 10/10/2025
Dossiê "Resiliência e Resistência na Educação de Jovens e Adultos: Desafios Curriculares e Políticas Públicas em tempos de incerteza"
Neste Dossiê, assume-se como foco a resiliência dos sujeitos da EJA e a resistência coletiva de Educadores/as, Professores/as, Gestores/as e movimentos sociais, destacando os enfrentamentos nas dimensões do currículo, das práticas pedagógicas e das políticas públicas. É incontornável enfrentar os efeitos da reforma empresarial da educação, que, num contexto societal de corrosão da justiça e da solidariedade, desloca o direito à educação pública para lógicas de eficiência, competitividade e responsabilização individual e padroniza os processos educativos. Ao impor modelos alheios aos territórios, essa agenda esvazia uma educação enraizada nos projetos de vida — sobretudo dos sujeitos historicamente excluídos. Convidam-se estudos teóricos e empíricos nos seguintes eixos temáticos:
Eixo 1 — Currículo e avaliação: sentidos, disputas e construções contextuais – são bem-vindos estudos que abordem a construção de propostas curriculares contextualizadas, os desafios de uma avaliação ao serviço da justiça social.
Eixo 2 — Práticas pedagógicas em contextos adversos, da alfabetização à EJA-EPT – Destacam-se criação pedagógica, educação popular e protagonismo dos sujeitos, que expressem formas de resistência frente a contextos marcados pela desigualdade, pela exclusão e pelo desmonte de políticas públicas.
Eixo 3 — Políticas públicas sob disputa: contradições, avanços, retrocessos e accountability – efeitos das reformas neoliberais, a descontinuidade de programas e ações afirmativas, bem como as estratégias de resistência e incidência política de coletivos educadores em defesa da EJA como direito.
O dossiê pretende fortalecer a EJA como campo de criação, denúncia e reinvenção democrática. Procura articular diálogos Sul–Norte e experiências locais-globais com relevância pública. Ao reunir estas vozes, afirma-se a dignidade, a pluralidade e o protagonismo na EJA.
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