ÍNDICE DE SENTIMENTO DO INVESTIDOR NO MERCADO DE AÇÕES BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rcc.v12i3.71338Resumo
Na teoria clássica de finanças, assume-se que os efeitos das decisões de agentes não racionais são rapidamente eliminados pela atividade de agentes racionais, impedindo a persistência de desvios injustificados nos preços das ações. Nessa abordagem, o sentimento do investidor não é considerado um fator relevante. Em contrapartida, as finanças comportamentais sugerem que a influência de vieses cognitivos sobre os agentes geram padrões significativos no mercado e não explicados pelos fundamentos. Desse modo, o principal objetivo deste trabalho foi construir um índice de sentimento do investidor para o mercado brasileiro, no período de 2008 a 2017. A amostra foi composta por 150 empresas não-financeiras com ações negociadas na B3 e que atenderam a um critério mínimo de liquidez em bolsa. A técnica estatística utilizada foi a Análise de Componentes Principais, selecionando-se cinco proxies já empregadas em estudos anteriores: turnover das ações, quantidade de IPOs, percentual de ações nas novas emissões, prêmio de dividendos e proporção de baixas e altas. A evolução do índice de sentimento construído mostrou-se condizente com os momentos econômicos no país, embora as variáveis turnover e proporção de baixas e altas tenham apresentado sinal diferente do esperado. Posteriormente, realizou-se uma análise de correlação entre o índice de sentimento e o Ibovespa. Constatou-se uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre as duas variáveis, indicando que altos (baixos) níveis de sentimento são parcialmente acompanhados de tendências de subida (queda) no Ibovespa.
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