Ubuntu: o restauro da relação entre os seres humanos e a natureza como uma possibilidade de repensar os riscos globais
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v60i0.80038Palavras-chave:
Ubuntu, ser humano, justiça, riscos, naturezaResumo
As utopias são constitutivas da natureza humana enquanto campo dialéctico com relação ao passado, ao presente e ao futuro. Assim, os seres humanos de todos os tempos, para fazer face a relações ecossistémicas tanto naturais como sociais, tiveram que construir utopias. Ubuntu é uma utopia dos povos bantu. A sua especificidade reside no facto de que, nascido das experiências concretas dos bantu do passado, permanece aberta ao presente e ao futuro, fundada na ontologia relacional expressa na sentença eu sou, porque nós somos. É neste espírito que, apesar de construído no passado, o ubuntu pode constituir uma perspectiva para repensar os riscos globais decorrentes do antropoceno, caracterizado pela interferência intensiva do homo economicus na natureza e na vida dos seres humanos. Daí os riscos globais advenientes tanto dessa interferência quanto dos problemas entre os seres humanos serem, ao nosso entender, questões de justiça resultantes tanto do apartheid global, na relação ricos e pobres, como da crise da relação entre seres humanos e a natureza. Assim, além das soluções técnicas amplamente defendidas, propomos o ubuntu como possibilidade de restauro da relação entre os seres humanos e estes com a natureza.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.

