A ecomotricidade na apreensão da natureza: inter-ação como experiência lúdica e ecológica
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v51i0.63007Palavras-chave:
meio ambiente, fenomenologia do corpo, técnica, lúdico, estéticaResumo
Desdobrando-se sobre a compreensão de que as concepções de ambiente são construídas a partir das experiências de movimento (motricidade), o presente artigo foca na ecomotricidade, compreendida como a inter-ação lúdica e ecológica com a natureza. Dessa forma, o objetivo do artigo é conceituar e contextualizar horizontes da natureza apreendidos a partir de experiências lúdicas (significadas pela alegria/prazer) na natureza, especialmente na medida em que se evidenciam processos de incorporação (naturalização) de preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos no habitus de movimento. As inferências sobre o tema são contextualizadas a partir de dados coletados em um projeto de pesquisa sobre a ecomotricidade no estado de Sergipe (2014-2017), no qual diferentes métodos (entrevistas; observações diretas em etnografias em movimento; narrativas diversificadas; análise de perfis sociais; análises linguísticas) foram utilizados para compreender as intencionalidades de inter-ação com o meio de indivíduos com vivências lúdicas regulares na natureza, assim como as relações e visões de mundo são (re)construídas a partir dessas vivências. A partir dessa perspectiva analítica, a discussão foca a ecomotricidade na apreensão da natureza, perspectiva específica no âmbito mais amplo das discussões sobre relações ser humano (sociedade)-natureza (mundo), pela qual vislumbra-se considerações do movimento imanente de humanos-e-não-humanos-sendo-com-a-natureza, em oposição a uma visão antropocêntrica de “conexão à natureza”. Entre os principais resultados da pesquisa apresentada, discute-se como os elementos “tempo” e “imersão” se destacam na macroanálise sobre a apreensão de horizontes da natureza a partir da ecomotricidade, sendo também apresentada uma síntese crítica como princípios possivelmente transferíveis (não generalizáveis) da ecomotricidade, vislumbrando contribuir para o debate sobre possibilidades e limitações da incorporação de preceitos ecológicos no habitus de movimento de indivíduos a partir de experiências lúdicas na natureza.
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