Resistência social na Caatinga árida: a narrativa de quem ficou no colapso ambiental

Autores

  • Otacilio Antunes Santana Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v38i0.43574

Palavras-chave:

mobilização social, desertificação, neoextrativismo

Resumo

A região analisada é historicamente um espaço de conflitos e de uma “violência fundadora”, situada acima do médio São Francisco, entre as cidades de Ibimirim e Cabrobó (Pernambuco/Brasil). A presença desses conflitos, associada ao colapso ambiental causado pelo neoextrativismo local e ao clima árido, são fortes indícios para influenciarem a dinâmica populacional. Porém, o contrário é observado na região. A manutenção da população na região é corroborada pelo baixo valor de emigração e pelas narrativas. Por isso, variáveis ambientais e sociais foram coletadas e analisadas para avaliar se a ausência de uma dinâmica populacional é motivada por uma resistência social. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o contexto ambiental e a narrativa de quem ficou no colapso da matéria-prima na Caatinga Árida pós-neo-extrativismo, onde se pôde notar que a manutenção da população na região trata-se de uma expressão da resistência social local, na interface entre parâmetros ambientais e sociais analisados. A preservação da herança familiar (patrimonialismo) foi considerada o principal destaque nas narrativas dos sertanejos.

Downloads

Publicado

2016-08-31

Como Citar

Santana, O. A. (2016). Resistência social na Caatinga árida: a narrativa de quem ficou no colapso ambiental. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 38. https://doi.org/10.5380/dma.v38i0.43574