Perfil da agricultura e dos mercados de orgânicos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.85418Palavras-chave:
mercados orgânicos, agroecologia, Censo Agropecuário 2017, Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, agricultura familiarResumo
O objetivo deste artigo é analisar qualiquantitativamente os dados estatísticos oficiais sobre a produção orgânica no Brasil e relacioná-los com tendências de consumo, de forma a explicitar mudanças ocorridas nos mercados alimentares de orgânicos brasileiros nos últimos anos. Para tanto, foi realizado um levantamento a partir dos dados do Censo Agropecuário 2017, complementado por séries históricas do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos. Além disso, foram levantadas informações sobre os mercados de orgânicos no país, bem como pesquisas que pudessem contribuir para a análise da dinâmica tanto da produção quanto do consumo de orgânicos. A análise dos dados do Censo apontou que os estabelecimentos com agricultura orgânica correspondem a 1,28% do total no país, compondo um perfil preponderante de estabelecimentos com área até 20 hectares. Os produtores orgânicos são, em sua maioria, agricultores familiares, proprietários de terras, com pouca orientação técnica. A análise dos dados evidencia um crescimento tanto do número de produtores certificados quanto dos mercados de orgânicos, uma heterogeneidade da agricultura orgânica e uma complexidade nas dinâmicas dos mercados que os dados analisados e disponíveis no país não permitem entender por completo. Aponta-se, a partir disso, para a necessidade de amplificação das informações sobre produção orgânica pelo IBGE, tendo em vista uma possível imprecisão da relevância da produção e dos mercados orgânicos no país.
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