Coleta seletiva: fatores norteadores do processo a partir de um estudo de caso de cidade de médio porte em Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.82725Palavras-chave:
resíduos sólidos, coleta seletiva, segregação na fonte, reciclagem, adesão da populaçãoResumo
Um dos elementos cruciais que definem o sucesso ou fracasso dos Programas de Coleta Seletiva (PCS) nos municípios consiste na participação popular, já que esse processo tem dependência direta da segregação na fonte geradora. Por essa razão, estudos que identifiquem condições favoráveis ou desfavoráveis a esta participação apresentam grande relevância no planejamento do PCS. Entretanto, há uma lacuna desse tipo de pesquisa no contexto brasileiro. Nesse cenário, este estudo visou identificar, com base na percepção dos moradores, os fatores demográficos, de motivação e de barreira que influenciam na decisão quanto à segregação na fonte dos resíduos sólidos na área urbana de uma cidade de médio porte, para, fundamentado neles, propor alternativas para aumento da eficiência dos PCS. Para tanto, foi realizada pesquisa quantitativa, com aplicação de questionário estruturado, sendo a amostra definida por método probabilístico de amostragem aleatória. Foram consideradas 850 entrevistas válidas, com nível de confiança de 95%, probabilidade de 3% de erro e variabilidade máxima de 78%. Constatou-se que os fatores mais significativos para a tomada de decisão quanto à segregação dos resíduos sólidos nas residências consistem na faixa etária, escolaridade, qualidade ambiental, infraestrutura da residência e das áreas públicas, falta de tempo e quantidade de resíduos sólidos gerada. Observou-se ainda que 82% da população já realiza algum tipo de segregação dos resíduos sólidos e que 86,82% está disposta a participar do PCS. Assim sendo, recomenda-se a adequação da linguagem e dos meios de comunicação utilizados no programa conforme público-alvo, tendo em vista a acessibilidade e entendimento de cada um. O presente estudo corrobora a aplicabilidade futura de programas de coleta seletiva como um instrumento de sustentabilidade para a gestão de resíduos sólidos, incentivo a novas pesquisas na área e base para estruturação de programas de educação ambiental com foco na coleta seletiva.
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