O oscilar das chamas nos canaviais: empresariado e poder público na agenda do protocolo agroambiental paulista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.82048

Palavras-chave:

protocolo agroambiental, poder público, setor sucroalcooleiro, queima da palha da cana-de-açúcar

Resumo

Este artigo objetiva tecer uma interpretação sobre o posicionamento da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, bem como da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) acerca da classificação da queima nos canaviais, elaborada durante a construção do Protocolo Agroambiental Paulista. Firmado em 2007, esse protocolo visa ao “ajustamento de conduta” em termos ambientais do setor sucroalcooleiro, voltado, em grande medida, à eliminação gradativa da prática da queima da palha da cana-de-açúcar. Partindo da pesquisa documental e entrevistas realizadas com representantes da burocracia estatal e dessa instância representativa do setor, argumentamos que as estratégias assumidas por tais agentes permitiram ao Protocolo funcionar como um veículo para pautar o debate das queimadas, capaz de inviabilizar a criação de novas leis proibitivas dessa prática e esvaziar as críticas voltadas à produção canavieira.

Biografia do Autor

Ana Carina Sabadin, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo

Bacharela em Ciências Sociais na Universidade Federal de São Carlos. Mestra em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar.

Rodrigo Constante Martins, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo.

Bacharel e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. Doutor pelo Centro de Recursos Hídricos e Estudos Ambientais da Universidade de São Paulo.

Publicado

2023-09-06

Como Citar

Sabadin, A. C., & Martins, R. C. (2023). O oscilar das chamas nos canaviais: empresariado e poder público na agenda do protocolo agroambiental paulista. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 62. https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.82048