Agenda 2030: inter-relações sistêmicas entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v60i0.78530Palavras-chave:
ODS, setorialismo, visão sistêmica, análise de redesResumo
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram concebidos como um conjunto integrado de prioridades e objetivos interdependentes. Esta relação é de suma importância, uma vez que foi constatado, ainda na implantação dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), a falta de integração entre os setores. O presente artigo, por meio de análise de redes, discute as inter-relações entre os ODS a partir das temáticas transversais, buscando favorecer um olhar sistêmico ao evidenciar os que estão mais e menos conectados e os temas que os relacionam. Como orientação teórico-metodológica para analisá-los, buscou-se a visão sistêmica, que se opõe à compartimentalização, setorização e fragmentação do conhecimento. A atribuição de categorias foi realizada no software Discourse Network Analysis, no qual atribui-se aos fragmentos de texto uma categoria, a meta e o ODS correspondente. Por meio do software Gephi 0.9.2, as matrizes foram utilizadas gerando representações gráficas das redes de interação que analisam a relação dos ODS entre si. Discutir as categorias comuns a dois ODS (ou seja, os elementos que compõem a relação) foi uma forma de explorar as conexões de forma sistemática. Este estudo trouxe uma análise de redes como forma de descrever com mais atenção os extremos das interações. Nesse sentido, as relações par-a-par mais fortes foram entre: ODS 8-4, ODS 2-14, ODS 8-12, ODS 8-2 e ODS 2-11. Já as relações mais fracas estabeleceram-se acerca dos ODS 5-12, ODS 5-14, ODS 5-15, ODS 1-7, ODS 5-13, ODS 7-13. Apesar das críticas à proposta ou à sua implementação, os ODS tornaram-se referência mundial e uma janela de oportunidades para o desenvolvimento de políticas públicas mais integradas e superação das barreiras do setorialismo. É fundamental que as barreiras do setorialismo e da visão fragmentada sejam superadas, considerando as interações explicitamente fortalecidas que devem ser cumpridas, e as interações ausentes que merecem atenção para a efetivação da agenda 2030.
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