Sistemas agroflorestais como estratégia de ação coletiva em uma comunidade quilombola da Amazônia oriental paraense
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v60i0.78419Palavras-chave:
povos tradicionais, agrossilvicultura, conservação produtiva, mutirão, JambuaçuResumo
O objetivo deste artigo é analisar a relação entre ação coletiva e sistemas agroflorestais (SAFs) para a ocupação produtiva da terra. A pesquisa foi realizada na comunidade São Manoel no Território quilombola Jambuaçu, Moju, Amazônia paraense. A metodologia constou de entrevistas semiestruturadas e de observações com todos os 15 agricultores que possuem SAFs. Os principais resultados mostram que os SAFs foram implantados com a ação coletiva em mutirão na floresta secundária. Um diferencial importante foi a escolha de árvores de interesse que permanecerão na área para o sombreamento das mudas de frutíferas perenes (cacau e cupuaçu). A experiência iniciou com apenas 04 agricultores em 2015 e já contava com 15 em 2019. As explicações para implantar SAFs são: i) a melhoria econômica pela diversificação de produtos fora da época de colheita do açaí nativo, principal fonte de renda da comunidade; ii) a consolidação de plantios para herança dos descendentes; e iii) o desejo de mudança da estratégia de produção agrícola tradicional por meio de uma conservação produtiva. A conclusão geral é que a ação coletiva para suprir o volume de trabalho e o permanente clima de incentivo foram fundamentais para a existência dos SAFs individuais.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.