A resiliência comunitária como alternativa para o desenvolvimento regional em face das transformações socioecológicas nas comunidades tradicionais jalapoeiras, Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v59i0.75460Palavras-chave:
resiliência comunitária, capacidade adaptativa, desenvolvimento regional, JalapãoResumo
O Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana, principalmente com a crescente expansão agrícola, que tem ocasionado um progressivo esgotamento dos seus recursos naturais. É nesse bioma que está o Jalapão; uma região marcada por inúmeros projetos de desenvolvimento e por uma população que tem sido constantemente beneficiária de políticas públicas. A região viu-se afetada em tempos recentes pelo estabelecimento de unidades de conservação e pelos seus atrativos turísticos, que têm alterado em muito a dinâmica socioeconômica local. Aos vetores de câmbio temos que acrescentar a existência de grandes áreas do agronegócio destinadas ao plantio de soja. Este trabalho tem por objetivo compreender as adaptações da comunidade jalapoeira dos municípios de Mateiros e São Félix do Tocantins a este contexto desde a perspectiva do conceito de resiliência: como esta se manteve para se adaptar diante das adversidades que impactaram seus recursos comunitários e seu modo de vida no sistema socioecológico do Jalapão. A pesquisa incorporou três estratégias metodológicas: a análise bibliográfica, a documental e a pesquisa de campo. A consideração do Jalapão como um sistema socioecológico permitiu a identificação das interações entre as comunidades e a natureza para comparar com as mudanças acontecidas. A capacidade adaptativa dos jalapoeiros frente aos três grandes choques – a criação das unidades de conservação, o turismo e o agronegócio – demonstraram que a identidade do jalapoeiro pode ser entendida como uma metáfora da resiliência do sistema que passou por inúmeras transformações sociais, econômicas, ambientais e culturais. A perspectiva adotada é uma ferramenta útil frente à identificação das forças e potencialidades do sistema socioecológico e, portanto, uma forma de encontrar mecanismos para a superação das dificuldades e ajustes às transformações pertinentes para o Jalapão.
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