Análise do impacto da transição da estrutura etária no consumo de energia elétrica domiciliar do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v54i0.68814Palavras-chave:
população-ambiente, consumo, transição demográfica, energia elétricaResumo
O estudo do consumo na relação entre População e Ambiente (P-A) vem ganhando destaque e notoriedade, já que se vem comprovando que se trata de uma variável que é extremamente correlacionada com a dinâmica demográfica. Dito isso, este trabalho teve como objetivo analisar o consumo de energia elétrica domiciliar per capita por estágios do ciclo de vida do domicílio no Brasil e simular o comportamento do consumo energético considerando as mudanças na estrutura etária domiciliar. A metodologia proposta consistiu em mensurar taxas específicas de consumo por fase do ciclo de vida do domicílio e, por meio de técnicas de padronização direta, verificar o nível de consumo energético caso o Brasil apresentasse outras estruturas etárias em seus domicílios. O banco de dados utilizado foi a Pesquisa de Orçamento Familiares 2008/2009. Quanto aos resultados, eles indicaram que o nível de consumo de energia elétrica domiciliar per capita apresentado pelo Brasil em 2009 diminuiria em 2,6 kWh se o país possuísse a estrutura etária observada em 1970. Como conclusão, a partir dos resultados, tem-se que deve haver um aumento do consumo de energia elétrica quando os domicílios apresentarem uma estrutura por idade do chefe mais envelhecida, ou seja, um maior consumo deve surgir, em parte, devido ao envelhecimento populacional. Portanto, esta pesquisa corrobora com a desmistificação do malthusianismo, cuja ideia principal atribui importância demasiada no volume populacional no debate ambiental em detrimento de outras varáveis demográficas, bem como fortalece a necessidade de se criar e consolidar uma linha de pesquisa sistemática da “demografia do consumo”.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.