Bem Viver e Ecossocioeconomias: uma síntese

Autores

  • Carlos Alberto Cioce Sampaio
  • Craig David Parks
  • Oklinger Mantovaneli Jr.
  • Robert Joseph Quinlan
  • Liliane Cristine Schlemer Alcântara

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v47i0.62431

Palavras-chave:

Bem Viver, dinâmica socioambiental, subjetividade, bem comum

Resumo

Diante do fenômeno das mudanças climáticas, não faz sentido discutir Bem Viver (BV) subjetivamente, sem correlacioná-lo ao significado de bem comum. O objetivo é dialogar sobre o tema do Bem Viver em perspectiva intergeracional na dialética entre subjetividade e bem comum, homem-natureza, considerados como falsos binômios. Trata-se de um ensaio. O BV, mais do que condição material, socioeducacional e de saúde, é estado particular de felicidade, no qual vigoram padrões culturais distintos. Não se nega abstrair a lógica econômica – na qual o sujeito calcula consequências individuais, mas releva territorialmente o bem comum –, e não é ela hegemônica ou mesmo determinante nos processos de produção e reprodução humana, dos quais resulta o sujeito esvaziado. Por fim, o BV não pode ficar relegado a conquistas de outras gerações ou ainda a um modo de vida “cool”, desresponsabilizado e descontextualizado em relação a gerações futuras. Subjetividade e bem comum podem se reconciliar no plano de uma esfera societária que não seja reduzida a mero cálculo e em que o ser humano não abra mão, nem ao outro (política) nem a si (psique), da produção de caminho ecossocioeconômico, o que constitui uma vida humana associada que não relegue sistemicamente o seu próprio processo de socialização.

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Publicado

2018-10-26

Como Citar

Sampaio, C. A. C., Parks, C. D., Mantovaneli Jr., O., Quinlan, R. J., & Alcântara, L. C. S. (2018). Bem Viver e Ecossocioeconomias: uma síntese. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 47. https://doi.org/10.5380/dma.v47i0.62431

Edição

Seção

Artigos