Projeto Sanear Amazônia: tecnologias sociais e protagonismo das comunidades mudam qualidade de vida nas reservas extrativistas
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v48i0.58510Palavras-chave:
saneamento rural, acesso à água, protagonismo social, qualidade de vida, reserva extrativistaResumo
Um processo de implementação de infraestrutura para saneamento rural está em curso em reservas extrativistas na Amazônia, por meio de ações integradas realizadas pela sociedade civil, poder público e população beneficiária. Este artigo retrata o histórico do projeto Sanear Amazônia, que vem sendo executado desde 2007, descrevendo o protagonismo dos movimentos sociais extrativistas e seu impacto na qualidade de vida da população beneficiada. O papel dos parceiros envolvidos no desenvolvimento do projeto e o arranjo institucional que instrumentalizou sua execução, são destacados. O marco metodológico do trabalho foi embasado na pesquisa-ação, envolvendo aspectos qualitativos e quantitativos, abarcando 5% do universo de famílias das Resex atendidas pelo projeto. Os resultados indicam que o projeto Sanear Amazônia ampliou em 100% o acesso ao saneamento rural das populações nas reservas extrativistas beneficiadas, por meio de um processo que favoreceu a participação da sociedade civil organizada, integrada com ações de outras instituições. Ademais, constatou-se uma melhora na qualidade de vida dessas populações, a partir da redução em 22% das taxas de ocorrência de parasitoses intestinais e 65% na taxa de prevalência de diarreia em crianças menores de 12 anos. Relatos da população beneficiada foram relevantes para constatar a melhoria da qualidade de vida, após a implantação das tecnologias sociais. Conclui-se que o processo de acesso ao saneamento rural, notadamente em relação à água com qualidade, quantidade, acessibilidade, para a população rural na Amazônia deve considerar o protagonismo dos beneficiários para garantir a sua efetividade.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.

