Desenvolvimento urbano e saúde pública: impactos da construção da UHE de Belo Monte
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v46i0.56040Palavras-chave:
conflitos socioambientais, grandes empreendimentos, avaliação de impactos na saúde, Hidrelétrica de Belo Monte, Altamira (PA)Resumo
O Brasil dispõe do maior potencial hídrico do mundo e suas principais bacias hidrográficas se encontram na região amazônica. Por isso, grandes projetos hidrelétricos estão sendo planejados e construídos no Norte do país. Entretanto, na fase de implantação de uma usina, trabalhadores são atraídos para o local da obra em busca de emprego, o que modifica a dinâmica populacional das áreas de influência do empreendimento. Nesse contexto, este artigo busca discutir os impactos no crescimento urbano da cidade de Altamira (PA) com a construção da UHE de Belo Monte, visando compreender sua interferência na saúde pública. Do ponto de vista da abordagem metodológica, foram utilizadas neste artigo a revisão bibliográfica e a pesquisa documental. Verificou-se que no início das obras em Altamira ocorreram modificações estruturais, do ponto de vista social, econômico e ambiental. As mudanças são percebidas pelo aumento populacional, que eleva a demanda nos serviços públicos, e pelo subdimensionamento dos dados censitários, que impacta diretamente a saúde pública, pois a elaboração de políticas públicas de atenção e financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é regida pelo censo demográfico. Apesar de o município apresentar um aumento de 72,2% da cobertura da atenção básica em 2017, somente com a realização de um novo censo será possível traçar um diagnóstico mais preciso sobre todas as transformações ocorridas no território de Altamira, principalmente as referentes à saúde pública.
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