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Desenvolvimento urbano e saúde pública: impactos da construção da UHE de Belo Monte

Douglas Pereira de Souza, Wanhinna Regina Soares da Silva, Gilberto Carlos Cervinski, Bruno Dias dos Santos, Francisco de Assis Comarú, Federico Bernardino Morante Trigoso

Resumo


O Brasil dispõe do maior potencial hídrico do mundo e suas principais bacias hidrográficas se encontram na região amazônica. Por isso, grandes projetos hidrelétricos estão sendo planejados e construídos no Norte do país. Entretanto, na fase de implantação de uma usina, trabalhadores são atraídos para o local da obra em busca de emprego, o que modifica a dinâmica populacional das áreas de influência do empreendimento. Nesse contexto, este artigo busca discutir os impactos no crescimento urbano da cidade de Altamira (PA) com a construção da UHE de Belo Monte, visando compreender sua interferência na saúde pública. Do ponto de vista da abordagem metodológica, foram utilizadas neste artigo a revisão bibliográfica e a pesquisa documental. Verificou-se que no início das obras em Altamira ocorreram modificações estruturais, do ponto de vista social, econômico e ambiental. As mudanças são percebidas pelo aumento populacional, que eleva a demanda nos serviços públicos, e pelo subdimensionamento dos dados censitários, que impacta diretamente a saúde pública, pois a elaboração de políticas públicas de atenção e financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é regida pelo censo demográfico. Apesar de o município apresentar um aumento de 72,2% da cobertura da atenção básica em 2017, somente com a realização de um novo censo será possível traçar um diagnóstico mais preciso sobre todas as transformações ocorridas no território de Altamira, principalmente as referentes à saúde pública.


Palavras-chave


conflitos socioambientais; grandes empreendimentos; avaliação de impactos na saúde; Hidrelétrica de Belo Monte; Altamira (PA)

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v46i0.56040