Base ecossistêmica para o ordenamento territorial na planície costeira do Rio Grande do Sul

Autores

  • Paulo Roberto Armanini Tagliani Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v44i0.54997

Palavras-chave:

planejamento territorial, zonas costeiras, gerenciamento costeiro

Resumo

O número de pesquisas relativas a funções e serviços ecossistêmicos tem aumentado de forma quase exponencial nas últimas décadas, o que denota a importância que a comunidade científica vem atribuindo ao reconhecimento da manutenção da base ecossistêmica no atendimento das demandas da sociedade.  Na porção terrestre das zonas costeiras, tais demandas usualmente recaem sobre a oferta de espaço para os desenvolvimentos turístico, urbano, portuário, agrícola, da aquacultura, dos florestamentos, da pecuária e da mineração, entre outros.  A crescente conversão de habitats para tais usos tem sido apontada como a maior ameaça a esses ecossistemas. Portanto, o primeiro desafio que se impõe para uma ocupação territorial sustentável é compreender as funções ecossistêmicas presentes em uma determinada região, identificar as áreas mais ou menos sensíveis para o desenvolvimento das distintas atividades humanas, e plasmá-las em um processo de Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). Para tanto, é necessária uma seleção de indicadores apropriados, capazes de resumir a alta complexidade e conectividade dos ecossistemas em um modelo simples e compreensível. Este estudo, desenvolvido na restinga da Lagoa dos Patos, segmento médio da planície costeira do Rio Grande do Sul, apresenta uma proposta metodológica para o ordenamento espacial em zonas costeiras, tendo como princípio a identificação e a manutenção das funções e dos serviços ecossistêmicos. Como resultado, foram definidas três classes de uso para a região de forma a manter suas propriedades estruturais e funcionais, denominadas de Zonas de Preservação Ambiental, Zonas de Conservação e Zonas de Desenvolvimento.  Uma vez que a gênese quaternária dessa restinga está associada aos mesmos processos físicos que atuaram na formação da planície costeira do Rio Grande do Sul, propõe-se a aplicação desse método em toda a extensão desta planície costeira, tal como já realizado no município de Rio Grande, às margens do estuário da Lagoa dos Patos.

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Publicado

2018-02-28

Como Citar

Tagliani, P. R. A. (2018). Base ecossistêmica para o ordenamento territorial na planície costeira do Rio Grande do Sul. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 44. https://doi.org/10.5380/dma.v44i0.54997

Edição

Seção

X Encontro Nacional de Gerenciamento Costeiro