Avaliação dos Zoneamentos Ecológico-Econômicos Costeiros (ZEEC) do Brasil: proposta metodológica
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v44i0.54865Palavras-chave:
Zoneamento Ecológico Econômico, zona costeira brasileira, planejamento ambiental, gerenciamento costeiroResumo
O Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro (ZEEC) vem sendo elaborado e implementado desde 1988 em diversas escalas de trabalho e em frações do território nacional, com o objetivo de efetivar ações de gestão ambiental e territorial integradas. Os diversos contextos históricos, políticos, econômicos e ambientais em que os mesmos foram criados denotam diferentes graus de efetividade do instrumento. Com a intenção de realizar inédita avaliação quantitativa e qualitativa sobre este instrumento, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com as Universidades Federal de Rio Grande (FURG), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu um arcabouço metodológico que buscou aliar a base técnica de informações disponíveis com a percepção de atores sociais preponderantes no processo. Tal método, desenvolvido dada a inexistência de referências metodológicas específicas para este tipo de análise, é aqui apresentado sob a ótica dos resultados obtidos com a avaliação dos ZEE costeiros no país. Foram executadas as seguintes etapas: 1 – Pré-planejamento; 2 – Análise documental, com a construção de um sistema compartilhado de armazenamento de arquivos sistematizados; 3 – Elaboração de um Sistema com 35 Indicadores específicos; 4 – Elaboração e aplicação de entrevistas semiestruturadas em 16 estados costeiros do Brasil; 5 – Aplicação da Escala Lickert aos indicadores; 6 – Análise individualizada dos indicadores por meio de fichas de avaliação específicas; 7 – Workshop de validação realizado com a presença de representantes dos estados costeiros; e 8 – Análise integrada dos indicadores. Os resultados apontam, se não para um cenário favorável, para uma situação de consolidação e de maturidade do instrumento de gestão, embora não de forma homogênea, ao longo da costa brasileira. Tal cenário diagnosticado não indica, necessariamente, uma melhor condição socioambiental em determinado território, efeito certamente desejado em tal contexto. A estratégia metodológica aplicada apresentou-se como satisfatória no que tange à obtenção e à análise do ZEE. Como sugestão para aplicações futuras do método, sugere-se a revisão de determinados indicadores, principalmente no que diz respeito às entrevistas semiestruturadas, as quais por vezes não refletiram a necessidade de alimentação do indicador, bem como a transposição da premência da consecução do mesmo.
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