Vulnerabilidade de pescadores no litoral sul do Brasil e sua relação com áreas marinhas protegidas em um cenário de declínio da pesca
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v38i0.45850Palavras-chave:
capacidade adaptativa, unidades de conservação, manguezais, modos de vida, gestão pesqueiraResumo
A vulnerabilidade socioambiental dos pescadores artesanais do litoral norte do Paraná vem aumentando devido à queda na disponibilidade de pescado e a problemas de acesso e gestão dos recursos naturais associados às atuais políticas de conservação. As mudanças climáticas previstas poderão ser fontes adicionais de impacto sobre os modos de vida das comunidades locais. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a vulnerabilidade dos pescadores artesanais e suas estratégias de adaptação ao declínio da pesca, consideradas análogas a possíveis respostas aos efeitos futuros das mudanças climáticas, e avaliar o efeito das unidades de conservação sobre estes fatores. Foram feitas entrevistas em 213 domicílios, distribuídos em nove vilas do município de Guaraqueçaba, no Complexo Estuarino de Paranaguá. Os resultados indicam que há elevada variabilidade, em diferentes níveis da escala espacial, nos fatores que geram vulnerabilidade, determinada principalmente pelo nível de dependência em relação à pesca e pelo capital físico e social disponível. As áreas protegidas, caso não sejam adequadamente manejadas, podem afetar a vulnerabilidade dos pescadores duplamente, restringindo tanto o modo de vida atual quanto as opções de adaptação futura daqueles que já são mais vulneráveis. Os resultados dessa análise contribuirão para a adequação e a integração das políticas de gestão da pesca e de conservação da biodiversidade na zona costeira, como forma de promover a redução de desigualdades sociais e o aumento da resiliência conjunta de pescadores e dos ecossistemas costeiros, em um cenário de declínio da pesca e de mudanças climáticas.
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