Qual o futuro do trabalho na agricultura francesa?
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v6i0.22127Palavras-chave:
trabalho camponês, FrançaResumo
Este trabalho tem por objetivo analisar formas alternativas de organização do trabalho na "agricultura camponesa" em oposição à agricultura produtivista dominante. Tendo como referência camponeses organizados no Oeste de França, o texto mostra como a partir do desenvolvimento da agricultura ecológica - sustentável - os agricultores, através de suas atividades, passam a dar sentido às suas vidas. A noção moderna de trabalho é contemporânea ao desenvolvimento do capitalismo industrial. O trabalho produtor de utilidade toma-se, assim, o centro da atividade econômica, atividade esta sobre a qual Adam Smith é um dos primeiros a construir uma teoria unificada. Desde que começa a se generalizar esta forma de trabalho, sobretudo nas sociedades onde o tempo compensado com salário se toma um dos maioresrecursos da população, instaura-se por muito tempo (ou a partir de então) uma visão depreciativa do trabalho camponês. O arquétipo do trabalhador se toma o operário de usina e as atividades camponesas passam a ser vistas como o resíduo de uma forma arcaica do trabalho, estimulando-se o seu desaparecimento. Gostaríamos de propor uma outra forma de ver a questão a partir de alguns elementos de reflexão teórica, e dos primeiros resultados de uma enquête em andamento sobre a emergência no mundo agrícolade novas formas de organização do trabalho. Estas últimas contradizem as formas e as visões clássicas do trabalho camponês. Nossa hipótese é que elas prevêem a emergência de novas formas desalienadas do trabalho. Na realidade, em oposição aos agricultores "produtivistas" que, na maior parte, passam seu tempo "a ganhar sua vida", os agricultores "sustentáveis", objeto deste estudo, criam novas formas deatividade agrícola, que dão sentido a eles mesmos, em resposta às crises múltiplas do modelo produtivista dominante.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.

