O QUANTIFICADOR <i>TUDO</i> NO PB

Autores

  • Luisa Godoy UFMG
  • Márcia Cançado UFMG

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v70i0.4681

Palavras-chave:

Quantificadores, Português Brasileiro, Semântica Formal

Resumo

O presente artigo trata da palavra tudo enquanto quantificador no PB. Inicialmente uma expressão complexa, 'tudo' compreende em seu significado lógico um quantificador universal e uma restrição, podendo ser parafraseado com a expressão 'todas as coisas'. Entretanto, dados do português brasileiro coloquial revelam um fenômeno interessante: 'tudo' sendo usado como um quantificador universal puro, sem restrição inerente. É o caso da sentença 'Eu comi os bolo tudo', que não pode ser parafraseada com '*Eu comi os bolos todas as coisas', mas sim com 'Eu comi os bolos todos'. Chamamos esse fenômeno de "tudoQ" e o individuamos como nosso objeto de estudo (ao tudo "tradicional", que contém uma restrição inerente, chamamos de "tudoI"). Este artigo relata a descrição que realizamos de aspectos sintáticos e semânticos do quantificador tudoQ.

Biografia do Autor

Luisa Godoy, UFMG

Mestranda em Estudos Lingüísticos pela UFMG. Área de atuação na Lingüística: Estudos Gramaticais e Descrição do Português Brasileiro.

Márcia Cançado, UFMG

Professor Adjunto IV da área de Língüística da Faculdade de Letras da UFMG. Doutora em Lingüística pela UNICAMP e Pós-Doutora pela Rutgers University.

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Como Citar

Godoy, L., & Cançado, M. (2006). O QUANTIFICADOR <i>TUDO</i> NO PB. Revista Letras, 70. https://doi.org/10.5380/rel.v70i0.4681

Edição

Seção

Dossiê Estudos Lingüísticos: Semântica Formal