Vogais nasais do português brasileiro: reflexões preliminares de uma revisita
DOI :
https://doi.org/10.5380/rel.v72i0.7460Mots-clés :
Vogais Nasais, Fonética, FonologiaRésumé
Este artigo propõe reflexões acerca do fenômeno da vogal nasal que versam desde a proposta bifonêmica para tratar tais vogais no português brasileiro, passando pela sua realização fonéticoacústica, até propor uma representação que leve em conta sua variabilidade. Embora as vogais nasais apresentem um comportamento formântico bastante regular em comparação às suas contrapartes orais, considerar o limite preciso entre dois fonemas ou mesmo duas fases (proposta bifásica, alternativa à bifonêmica) ainda permanece problemático. Assim, através da análise de espectros, a presença de uma fase genuinamente oral no início da vogal nasal é questionada. Foca-se, ainda, a questão do murmúrio nasal vocálico, facilmente encontrado junto a contextos silábicos em que a vogal nasal é seguida de
consoante oclusiva, mas ausente quando seguida de consoante fricativa. Conclui-se que a natureza variável da vogal nasal será melhor tratada sob uma perspectiva dinâmica, encontrada junto à Fonologia Articulatória. Propõe-se então, uma primeira aproximação da problemática das vogais nasais com a abordagem dinâmica.
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