Sobre categorias e fronteiras
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v93i1.45889Palavras-chave:
fonética, fronteiras, sistema complexoResumo
Este artigo toca num problema colocado por modelos teóricos que impõem fronteiras discretas sobre fatos relacionados à experiência humana ao tentarem explicar tais fatos. O artigo trata em especial da Fonética, disciplina da Linguística dedicada aos sons da fala, e parte do exemplo fornecido pelas “línguas assobiadas” para ilustrar um fato que se localiza entre duas categorias, como a fala e a música. Até agora, os assobios não eram considerados sons da fala e, portanto, eram excluídos do escopo do objeto de estudo da Fonética. Por outro lado, assobios podem ser combinados em cadeias dotadas de significado, em línguas como a da ilha de la Gomera. Portanto, há fortes evidências de que os assobios se comportem como sons da fala. O problema é que os modelos disponíveis não conseguem acomodar fatos como assobios, porque tais modelos assumem a existência de fronteiras estritas. Assim, o argumento neste trabalho é o de que assobios – considerando os exemplos aqui discutidos – podem ser melhor explicados num arcabouço teórico que assume a inexistência dessas fronteiras estritas. Este, aliás, é o ponto de partida de sistemas complexos. Assumir a fala como um sistema adaptativo complexo – como se propõe aqui – pode permitir que sons de fala “canônicos” e assobios tenham um tratamento unificado.
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