Currículo, alfabetização e interseccionalidade na educação de pessoas surdas

Autores/as

Palabras clave:

Currículo, Direitos Humanos, Educação, Interseccionalidade, Pessoas surdas

Resumen

O presente artigo tem como foco a reflexão e a discussão dos atravessamentos intersecionais de deficiência, gênero, classe social, trabalho e raça em processos de ensino da leitura e da escrita para estudantes surdos(as), à luz das teorias pós-críticas do currículo. O texto problematiza relatos e situações de sala de aula, realizados em uma escola pública da Educação de Jovens e Adultos na cidade de Belo Horizonte/MG. Metodologicamente, foram realizadas rodas de conversa com docentes e a observação participante no cotidiano de uma turma da referida escola, no ano de 2021. A partir das práticas curriculares docentes observadas, foi escolhido o conto “Circuito Fechado” de Ricardo Ramos, para problematização teórica pela perspectiva interseccional. A investigação apontou desafios no fazer docente durante o ensino da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, como segunda língua. Os resultados indicaram a relevância em considerar o contexto de vida discente e o conhecimento prévio de cada estudante nos processos do aprender. Por fim, o estudo revelou como diferentes marcadores sociais podem atravessar práticas curriculares, oportunizando outras composições e outras leituras de mundo.

Biografía del autor/a

Claudio Eduardo de Resende Alves, Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte/MG

Pós-Doutor em Educação pela UFMG (2020) com foco nos estudos pós-críticos de gênero, currículo e museu. Doutor em Psicologia pela PUC Minas (2016) com estágio de doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra/Portugal (2015). Mestre em Ensino de Ciências pela PUC Minas (2009). Especialista em Educação Afetivo Sexual pela FUMEC (1995). Graduado em Ciências Biológicas pela PUC Minas (1989). Gestor de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte. Professor da Pós-Graduação em Pedagogia da Faculdade Pitágoras (2016-2020). Pesquisador colaborador da PUC Minas (2016-2023). Coautor e organizador do livro Educação para as Relações de Gênero: eventos de letramento na escola (2017). Autor do livro Nome Sui Generis: o nome (social) como dispositivo de identificação de gênero (2017). Autor e coautor de vários artigos acadêmicos e capítulos em livros. Parecerista de inúmeras revistas acadêmicas de Psicologia e Educação. Integrante do GPFEM - Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Feministas da PUC Minas (2013-2016). Integrante do GECC - Grupo de Estudos e Pesquisas em Currículos e Culturas da Faculdade de Educação da UFMG (2019-atual). Membro da ANPED - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (2021). Membro da ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social (2017-2018). Tem experiência nas áreas de educação, currículo, pedagogia, EJA, psicologia social, psicopedagogia, museu, dinâmicas de grupo, gestão pessoal, políticas públicas, corporeidade, sexualidade e gêner

Rebeca Cristina Nunes Lloyd Gonçalves, Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte/MG

Doutoranda em Educação pelo Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto - ICHS/UFOP. Mestra em Educação e Docência pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais - FaE/UFMG. Possui especialização em Psicopedagogia Institucional, Arte e Educação, Política e Gestão Educacional e Educação de Jovens e Adultos. Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais - FaE/UEMG, é professora da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte a 26 anos. Atualmente trabalha na Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, integrando o Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania da Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial. Tem experiência na área de educação, com ênfase em gênero e relações simétricas e assimétricas de poder, infâncias, juventudes, relação família x escola, sistema socioeducativo, clima escolar e enfrentamento de violações infanto-juvenis. E conselheira de direitos no Conselho Municipal de Educação na PBH (CME/PBH), conselheira de direitos no Conselho Municipal de Direitos da Mulher na PBH (CMDM/PBH), conselheira de direitos no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente da PBH (CMDCA/PBH) e conselheira de direitos no Conselho Municipal da Juventude da PBH (CONJUVE/PBH).

Luciana Aparecida Guimarães de Freitas, Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte/MG

Doutorado e mestrado em Estudos de Linguagens, na linha de pesquisa Linguagem, Ensino, Aprendizagem e Tecnologia, do CEFET-MG (2018-2023). Possui experiência como alfabetizadora na educação de surdos, na rede municipal de educação de Belo Horizonte e no Atendimento Educacional Especializado - AEE (2003-2020). Atua como Especialista em Educação Básica, na organização de cursos de Libras e Língua Portuguesa como segunda língua - Alfabetização e Letramento -, seminários e projetos, para profissionais da educação e familiares de pessoas surdas, no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e atendimentos às pessoas com surdez - CAS-BH (2003 - atual), e na Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-racial DEID/SMED desde 2020.

Publicado

2024-08-27

Cómo citar

Alves, C. E. de R., Gonçalves, R. C. N. L., & Freitas, L. A. G. de. (2024). Currículo, alfabetização e interseccionalidade na educação de pessoas surdas. Educar Em Revista, 40(1), e92896. Recuperado a partir de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/92896

Número

Sección

DOSSIÊ: Alfabetização e currículo: entre a fixação de significados e as experimentações que criam fissuras