Vulnerabilidade ao stresse, coping e burnout em educadoras de infância portuguesas

Abstract

Esta investigação pretende analisar a relação entre vulnerabilidade ao stresse, estratégias de coping e burnout em educadoras de infância portuguesas. É um design quantitativo e transversal com uma amostra de 119 educadoras de infância portuguesas. Os instrumentos de recolha de dados são o Questionário de Vulnerabilidade ao Stresse, o Coping Job Scale e o Maslach Burnout Inventory. Os resultados indicam que, em situações de trabalho, o grupo percepciona-se não vulnerável ao stresse, utiliza maioritariamente estratégias de coping proactivas para lidar com situações indutoras de stresse e apresenta baixa prevalência de burnout; evidencia associações estatisticamente significativas entre vulnerabilidade ao stresse e as subescalas do burnout (exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal); não revela relações estatisticamente significativas entre as estratégias de coping e o burnout. Destes resultados, se infere a necessidade de averiguar as variáveis psicológicas, contextuais ou organizacionais, que estão a contribuir para a reduzida vulnerabilidade ao stresse e baixa prevalência de burnout neste grupo profissional.