A formação profissional nos cursos de licenciatura e o exercício do magistério na educação básica: intenções, realizações e ambiguidades
Mots-clés :
Formação de professores, curso de Pedagogia, diretrizes curriculares, exercício do magistério, licenciaturasRésumé
É realizada a análise de dois dos documentos produzidos visando regular e orientar a formação inicial de profissionais da educação básica (Resolução CNE/CP Nº 1/06 e o Parecer CNE/CP Nº 2/15). Toma-se as noções de racionalidade tecnológica e de pseudoformação, formuladas por Marcuse e Adorno, para examinar o modelo de formação docente estabelecido pelos membros do Conselho Nacional de Educação. Também são cotejadas informações de ambas as fontes tendo em vista a reflexão sobre as principais tendências presentes na formação de professores no Brasil. Se a racionalidade tecnológica produz disposições que exprimem a maneira como a dominação se consubstancia na sociedade administrada; se a pseudoformação é a forma de socialização predominante, refletindo a alienação que caracteriza a relação dos indivíduos com homens, coisas e natureza, a análise permite afirmar que as contradições, características de sociedades marcadas pela desigualdade e opressão, o que, por sua vez, produz incertezas sobre a função da escola, estão presentes nos dilemas implicados na docência. O modelo de formação inicial para o magistério prioriza a formação técnica em detrimento da articulação entre educação, formação docente e política, e os recursos mobilizados para isso estão estreitamente ligados ao caráter instrumental conferido à profissionalização dos professores, com a redução do ato de ensinar à técnica didática e da teoria a um conjunto de conhecimentos a serem aplicados no processo pedagógico, contanto que certos princípios sejam corretamente observados.
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