A cosmovisão antroposófica: educação e individualismo ético

Authors

  • Rosely A. Romanelli Unemat

Abstract

Este artigo trata de um recorte de uma pesquisa maior sobre Antroposofia e Pedagogia Waldorf, que situa esta como uma contribuição para o paradigma educacional atual. O referencial teórico utilizado traz estudos epistemológicos de Rudolf Steiner e Marcelo da Veiga, compreendidos pela antropologia do imaginário de Gilbert Durand e pela antropologia da complexidade do conhecimento de Edgar Morin. O individualismo ético é apresentado como uma decorrência da teoria cognitiva proposta por Steiner e parte fundamental de sua cosmovisão na qual a Pedagogia Waldorf se insere. Traça-se um paralelo entre a revelação, tratada por Durand, na visão de homem tradicional, e o pensamento intuitivo, adquirido pela autorreflexão, proposta por Steiner como caminho de desenvolvimento individual. Ambos os caminhos pretendem conduzir a uma evolução da alma humana, através de um desenvolvimento cognitivo. Steiner descobre, por meio de seus estudos, a maneira de expressar, dentro do paradigma clássico vigente em sua época, como o ser humano pode conduzir seu conhecimento até a revelação espiritual, que ele denomina de pensamento intuitivo. Segundo Veiga (1996), Steiner abre uma possibilidade da ampliação cognitiva humana abordando os aspectos mentais e espirituais, pertencentes à noosfera, que podem vir a se revelar caso o homem desenvolva intencionalmente uma observação ampliada. Esta capacidade de observação amplia-se através de procedimentos e exercícios internos que partem do pensar racional.

Palavras-chave: Antroposofia; cognição; individualismo ético; imaginário e complexidade.

Published

2015-05-21

How to Cite

A. Romanelli, R. (2015). A cosmovisão antroposófica: educação e individualismo ético. Educar Em Revista, 31(56), p. 49–66. Retrieved from https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/40937

Issue

Section

Dossiê Temático