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Simples para ser útil: base ecossistêmica para o gerenciamento costeiro

Milton Lafourcade Asmus, João Nicolodi, Marinez Eymael Garcia Scherer, Kahuam Gianuca, Julliet Correa Costa, Lorena Goersch, Gabriel Hallal, Kamila Debian Victor, Whashington L. S. Ferreira, Júlia N. do A. Ribeiro, Clara da Rosa Pereira, Bruna T. Barreto, Luciano Figueiredo Torma, Bruno Bauer G. Souza, Marcela Mascarello, Allan Villwock

Resumo


Os processos de Gerenciamento Costeiro (GC) nas últimas décadas vêm evoluindo, apresentando diferentes métodos de gestão, sendo que uma nova fronteira se encontra na Gestão com Base Ecossistêmica (GBE). No entanto, para colocar em prática a GBE, a qual leva em consideração as funções, os processos e os serviços ecossistêmicos dos ambientes costeiros e marinhos, entendendo-os como um conjunto de ecossistemas compostos por elementos ecológicos (naturais), econômicos e sociais, se faz necessária a base de informação ecossistêmica. O presente trabalho propõe, apresentando resultados aplicados, um roteiro metodológico de seis etapas: 1. Identificar os ecossistemas como “Unidades de Gestão”; 2. Mapear, modelar e simular os ecossistemas; 3. Identificar e classificar os serviços ecossistêmicos; 4. Definir os valores e a qualidade dos serviços; 5. Identificar os espaços de gestão; e 6. Integrar com políticas e demais instrumentos de gestão e legais. As aplicações práticas apresentadas vão desde trabalhos acadêmicos de identificação e caracterização de ambientes costeiros e marinhos a aplicações nos processos de gestão ambiental portuários, passando também pelo desenvolvimento de Zoneamentos Ecológico-Econômicos (ZEEs) em nível regional, por exemplo. Na apreciação integral do conjunto de exemplos e iniciativas para todas as etapas do modelo, depreende-se que a sua aplicação é ampla, variada e consideravelmente simples. Da mesma forma, a multiplicidade de possíveis aplicações do modelo em ações voltadas ao suporte de uma GBE sugere que seu uso pode crescer e buscar iniciativas inovadoras. A expectativa dos autores é de que tal ferramenta possa, de fato, delinear e estimular pesquisas e aplicações com base ecossistêmica na busca da sustentabilidade da costa e do bem-estar de seus atores sociais.


Palavras-chave


Gestão com Base Ecossistêmica (GBE); serviços ecossistêmicos; matriz de serviços ecossistêmicos

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v44i0.54971