Pontos de inflexões em sistemas socioecológicos amazônicos: imaginando futuros alternativos com juventudes rurais do Acre (Brasil) e Pando (Bolívia)
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v64i0.88733Palavras-chave:
Amazônia, jovens amazônicos, pontos de inflexões, sistemas socioecológicos, extrativismos.Resumo
Os ecossistemas na Amazônia têm sido pressionados por transformações profundas devido à expansão contínua dos extractivisms - o que tende a provocar pontos de inflexões nos seus sistemas socioecológicos. Esse problema complexo tem estrita relação com a cultura moderno-ocidental contemporânea, que, ao constituir as vidas não humanas como existências coisificadas, genericamente representadas pelo termo “natureza”, permite aos seres humanos, implicitamente, dominá-las, extraí-las e extingui-las. A partir do interesse de conhecer melhor esses fenômenos em nível local e de encontrar possibilidades de elaboração de soluções no campo da cultura (por meio de intervenções educativas), foi conduzida uma pesquisa com jovens em duas escolas rurais amazônicas, uma no estado do Acre (Brasil) e outra em Pando (Bolívia). Junto com essas juventudes investigamos: “Que alternativas às tendências de mudanças socioecológicas regionais podem ser imaginadas por juventudes rurais amazônicas?”. Tratou-se de um estudo exploratório, pautado em uma abordagem não moderna que envolveu a realização de um seminário em cada escola, configurado como oficina participativa, além da realização de entrevistas semiestruturadas com os participantes. Os resultados obtidos apresentam as percepções dos participantes a respeito das qualidades de seus lugares, de seus projetos de vida, bem como de suas imaginações sobre alternativas às mudanças em curso. As considerações finais apontam indícios de explicações sobre as diferenças de configurações dos sistemas socioecológicos no Acre e em Pando, percepções sobre soluções, antídotos e desenhos de transições diante da problemática atual dos pontos de inflexões socioecológicas na Amazônia e as oportunidades e as limitações de intervenções educativas de base não moderna a esse respeito.
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