Emergência climática e a metamorfose do campo: eclosão de críticas e justificações de ordem ecológica em conflitos sociais no campo paulista
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v63i0.88012Palavras-chave:
emergência climática, sociedade de risco global, justiça socioambiental, reforma agrária, agricultura sustentávelResumo
Nas últimas décadas, o agravamento da crise climática global tem constituído novos desafios às ciências ambientais e sociais, especialmente na mobilização de abordagens teórico-metodológicas capazes de explicar a complexidade socioecológica do problema. O presente estudo compreende um esforço nesse sentido, orientado pelo seguinte questionamento: “Como as emergências climáticas afetam o ordenamento social e político na modernidade em tempos de emergência climática ou da sociedade de risco global?”. O objetivo é explicar como as novas questões socioecológicas têm impactado as disputas em torno da reforma agrária no país. Com este propósito, realizou-se um estudo de caso no assentamento Mário Lago, em Ribeirão Preto /SP, cuja justificativa é fundamentada na defesa do meio ambiente, em especial na proteção das águas do Aquífero Guarani. Além disso, foram adotados como pressupostos teóricos a sociologia das justificações e a sociologia das metamorfoses. Para composição dos corpos de dados, foram realizadas 16 entrevistas no modelo relato de vida, com atores envolvidos na valoração socioecológica do assentamento, assim como o acompanhamento de disputas em arenas públicas locais. Também foram analisadas as estratégias para a produção de provas de veracidade que proporcionam embasamento aos discursos justificativos da opção ecológica mobilizados pelo MST. Conclui-se que os princípios socioecológicos têm se consolidado como uma nova funcionalidade da agricultura, representando uma força social e política significativa em disputas em torno da reforma agrária, considerando em particular o caso do estado de São Paulo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.