Mulheres, água e equidade: uma agenda que faz sentido?

Autores

  • Gesmar Rosa Santos Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasília, Distrito Federal.
  • Daniela Soares Nogueira Universidade de Brasília (UNB), Campus Planaltina, Brasília, DF
  • Diego Antônio França Freitas Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Florestal, Florestal, MG

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.86917

Palavras-chave:

gênero e água, ODS, políticas de sustentabilidade, participação

Resumo

A questão de gênero na Agenda 2030 tem espaços em diversas metas dos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo o ODS 6, cujo foco é gestão da água e universalização do saneamento. A Organização das Nações Unidas (ONU) destaca o papel diferenciado de mulheres e meninas no provimento e gestão da água, particularmente em situações de insegurança hídrica por escassez de água ou ineficiência de serviços de saneamento. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é destacar convergências, lacunas e oportunidades de promoção da agenda água e mulheres no Brasil, a partir da articulação de políticas públicas nacionais e locais. O tema água e mulheres registra avanços no contexto mais amplo de conquistas por igualdade de espaços, condições de acesso, poder e oportunidades no país, embora esta agenda esteja ainda em construção. No tocante à gestão da água, o artigo apresenta lacunas organizativas e de participação e descontinuidade de orçamentos que dificultam a efetivação das políticas. São necessárias estratégias de incorporação da perspectiva de gênero considerando: i) a internalização dessa agenda na estrutura oficial de gestão e governança das águas; ii) a abertura de espaços participativos em diferentes níveis e instâncias decisórias (comunitário, bacia hidrográfica, governos, empresas e outros); iii) a incorporação do tema nas instituições e foros públicos e privados; iv) a articulação efetiva dos ODS 2, 5 e 6 às leis nacionais para maior inclusão das mulheres na gestão e governança das águas.

Biografia do Autor

Gesmar Rosa Santos, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasília, Distrito Federal.

Doutor em Desenvovlimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB). Pesquisador na Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do IPEA. Áreas de estudo: meio ambiente, água, energias renováveis e agricultura.

Publicado

2023-11-10

Como Citar

Santos, G. R., Nogueira, D. S., & Freitas, D. A. F. (2023). Mulheres, água e equidade: uma agenda que faz sentido?. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 62. https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.86917

Edição

Seção

Água, Saneamento e ODS no Brasil: desafios, contradições e governança (somente para convidados)