A política (anti)ambiental nos Estados Unidos e no Brasil: uma análise comparativa
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v60i0.80062Palavras-chave:
política ambiental, bens comuns, desregulamentaçãoResumo
O artigo analisa as afinidades existentes entre a política ambiental de Donald Trump (2017-2020) e de Jair Bolsonaro (2019-2020), a partir das principais alterações realizadas neste campo por ambos os governos. Através de uma revisão bibliográfica sobre o tema e da consulta a fontes hemerográficas e documentos produzidos por associações científicas, profissionais e organizações não governamentais, identificamos quatro grandes semelhanças entre as gestões: 1. A deslegitimação dos órgãos ambientais e das agências relacionadas; 2. A desregulamentação ambiental e o enfraquecimento da fiscalização; 3. A violação de direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais; 4. A perseguição política aos servidores e cientistas da área ambiental. Essas semelhanças estão, em parte, associadas ao atendimento às demandas de determinados setores empresariais, tais como o setor extrativo e o agronegócio, conjugado ao esforço de destruição dos bens de uso comum e suas formas de gestão comunitária.
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