Povos originários do Paraná e Covid-19: panorama de 2020
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v60i0.79999Palavras-chave:
história indígena do Paraná, saúde indígena, Covid-19, marginalização social, adaptação socioambientalResumo
A eclosão da pandemia de Covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, gerou uma crise global sem precedentes. Desde o cenário econômico, passando pela forma com que a sociedade tipicamente capitalista se mostrava organizada, até o modo de vida dos povos originários se tornaram sujeitos a um profundo rearranjo. Na condição de invisibilizados históricos, os indígenas do estado do Paraná foram socialmente isolados e talvez sujeitos a condições de desigualdade incomparáveis em meio às estatísticas distorcidas e limitado apoio por parte dos órgãos competentes. Este estudo objetivou analisar as principais vulnerabilidades e manifestações de resiliência demonstradas pelos indígenas no Paraná, bem como discutir a subnotificação e os contrastes de dados acerca da sua contaminação e mortalidade por Covid-19 nesse contexto, tendo como referência as instituições de saúde estaduais e nacionais. A pesquisa apresentou natureza analítica, descritiva e quali-quantitativa, estando alicerçada na coleta de dados sob modo remoto, conduzida ao longo de dez meses, em que foram: (i) obtidas informações das duas instituições de saúde governamentais no monitoramento da Covid-19 entre indígenas no estado e das duas indígenas; (ii) aliadas concepções emitidas por indígenas em entrevistas e manifestações por eles registradas através de organizações indígenas. Chegou-se a alguns resultados não conclusivos: (a) os números de indígenas contaminados e mortos em decorrência da Covid-19 no Paraná se mostram discrepantes entre as instituições consideradas; (b) os indígenas do estado provavelmente se encontram com limitado acesso a serviços de saúde, incluindo a falta de testagem para a Covid-19, o que estaria contribuindo para uma possível subnotificação dos casos; e (c) a transparência das metodologias de coleta e da divulgação de dados não se mostra satisfatória entre as instituições de saúde oficiais analisadas.
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