Do local ao regional: um panorama da ação coletiva em prol de serviços ecossistêmicos no Vale do Paraíba paulista
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v60i0.78132Palavras-chave:
usos e manejo da terra, sistemas socioecológicos, conservação de base comunitária, áreas rurais, gestão de recursos naturaisResumo
Decisões de uso e manejo da terra em áreas rurais se traduzem, em última instância, na erosão ou conservação da base de recursos naturais e serviços ecossistêmicos que sustentam a produção agropecuária e o turismo. A degradação destes recursos e serviços pode culminar em eventos que convidam à mudança de práticas e de trajetórias de desenvolvimento, a exemplo da inundação de 2010 em São Luiz do Paraitinga (SP). Com o objetivo de traçar o panorama atual das ações (projetos formais e iniciativas ambientais de base comunitária) de conservação e recuperação de serviços ecossistêmicos que englobam a Bacia do rio do Chapéu, neste mesmo município, entre os anos de 2013 e 2017, realizamos observações de reuniões técnicas (n = 16) e de comunitários (n = 15), entrevistas não estruturadas e pesquisa documental. Os dados foram codificados, categorizados e triangulados. Diversos projetos ambientais foram implantados do nível local ao regional por agências governamentais e organizações não governamentais, visando à gestão e recuperação de serviços ecossistêmicos como controle de erosão, manutenção de espécies nativas e água, incorporando a esses objetivos a geração de renda aos produtores locais. Redes de atores sociais para ação coletiva se formaram e viabilizaram a implantação dos projetos, conectando agências governamentais, organizações e indivíduos em diferentes níveis de atuação institucional. Iniciativas individuais e comunitárias na bacia hidrográfica estudada também ocorreram, com maior foco em serviços ecossistêmicos culturais. Ainda que espacial e temporalmente mais restritas, tais iniciativas derivaram da articulação de um coletivo de moradores. A co-ocorrência de projetos liderados pelo governo e iniciativas de base comunitária caracterizou a gestão de serviços ecossistêmicos em nível local. O alinhamento entre tais projetos e iniciativas e as conexões entre indivíduos com atuação em diferentes níveis pode contribuir com sinergia entre ações que favoreçam a conservação de serviços ecossistêmicos localmente.
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